"Civis em lugares como Mariupol, Kharkiv, Melitopol e outras cidades precisam desesperadamente de ajuda, em particular de suprimentos m�dicos vitais", acrescentou Griffiths durante uma reuni�o de emerg�ncia do Conselho dedicada � crise humanit�ria causada pela invas�o russa da Ucr�nia, marcada por �speras trocas entre os embaixadores russo e ucraniano.
Uma sess�o a portas fechadas se seguiu, convocada pela Fran�a e pelo M�xico, que preparam um projeto de resolu��o para reivindicar o cessar das hostilidades e o livre acesso da ajuda humanit�ria, embora esteja fadada ao fracasso devido ao direito ao veto russo.
Para Griffins, a entrega da ajuda "deve ser feita em conformidade com as obriga��es das partes sob as leis da guerra", ou seja, o respeito aos cidad�os e �s infraestruturas civis.
"Isso inclui permitir a passagem segura de civis para deixar voluntariamente �reas de hostilidades ativas, em qualquer dire��o que escolherem", insistiu Griffiths, referindo-se aos corredores humanit�rios planejados de Moscou que levam apenas � R�ssia ou Belarus.
"Todos os civis, quer fiquem ou partam, devem ser respeitados e protegidos", declarou Griffiths, lamentando "um conflito in�til".
Ainda segundo seu subsecret�rio-geral para Assuntos Humanit�rios, a ONU tamb�m precisa urgentemente de um sistema de comunica��o constante com as partes em conflito e garantias para permitir que a ajuda humanit�ria seja entregue.
"Um sistema de notifica��o humanit�ria pode apoiar a entrega de ajuda na escala necess�ria", refor�ou.
Durante as interven��es, a embaixadora americana, Linda Thomas-Greenfield, denunciou a morte de menores no conflito e o trauma que sofrem com a viol�ncia e a destrui��o.
"As feridas f�sicas e psicol�gicas desta guerra ser�o duradouras", alertou a diplomata, que considera "que (Vladimir) Putin tem um plano para brutalizar a Ucr�nia".
Em resposta ao colega alban�s, Ferit Hoxha, que assegurou que "os russos merecem algo mais que propaganda" de Moscou, o embaixador russo, Vassily Nebenzia, admitiu que existe uma "guerra de informa��o".
O embaixador ucraniano, Sergiy Kyslytsya, denunciou a presen�a em solo ucraniano de "dezenas de milhares de corpos" de "soldados russos em decomposi��o nos campos" e pediu � Cruz Vermelha que crie uma "base de dados" dos militares mortos ou prisioneiros de guerra.
As Na��es Unidas criaram uma pequena miss�o em Moscou que teve uma "primeira reuni�o t�cnica" no Minist�rio da Defesa russo. O objetivo � "trabalhar em uma melhor coordena��o humanit�ria civil-militar que possa nos permitir intensificar" as opera��es da ONU, disse Griffiths.
De acordo com um alto funcion�rio da ONU que pediu anonimato, o objetivo � evitar qualquer "excesso" e que os comboios humanit�rios n�o sejam alvo de ataques russos.
NOVA YORK