(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas KIEV

R�ssia anuncia tr�guas locais na Ucr�nia para permitir evacua��o de civis


07/03/2022 20:11

A R�ssia anunciou nesta segunda-feira (7) tr�guas locais em v�rias cidades ucranianas a partir de ter�a-feira para permitir a evacua��o de civis, ap�s uma nova rodada de negocia��es para encontrar uma sa�da para o conflito, que causou a morte de 13 pessoas no bombardeio de um padaria industrial a 50 quil�metros de Kiev.

"A Federa��o Russa anuncia um cessar-fogo a partir das 10h, hor�rio de Moscou (04h00 de Bras�lia) de 8 de mar�o" para a evacua��o de civis de Kiev, bem como das cidades de Sumy, Kharkiv, Chernigov e Mariupol, informou a c�lula do Minist�rio da Defesa russo respons�vel pelas opera��es humanit�rias na Ucr�nia, em comunicado divulgado por ag�ncias de not�cias russas.

Segundo Moscou, as novas rotas de evacua��o ser�o comunicadas �s autoridades ucranianas, que dever�o dar seu aval at� a meia-noite desta segunda-feira (21h00 no hor�rio de Bras�lia), prazo estabelecido pela R�ssia.

Em discurso na televis�o por ocasi�o das festividades de 8 de mar�o, Putin tamb�m anunciou que n�o enviar� recrutas ou reservistas para lutar na Ucr�nia e garantiu que a guerra naquele pa�s estava sendo travada por "profissionais" que cumprem "objetivos estabelecidos".

Horas antes do an�ncio russo, a Ucr�nia havia destacado alguns "resultados positivos" nas conversas sobre a implementa��o de corredores humanit�rios, embora Moscou tenha dito que as "expectativas" n�o foram atendidas.

Metade dos corredores, por�m, segue em dire��o � R�ssia e Belarus, e o governo ucraniano rejeitou a proposta. "N�o � uma op��o aceit�vel", disse a vice-primeira-ministra ucraniana, Iryna Vereschuk.

O presidente da Ucr�nia, Volodimir Zelensky, acusou nesta segunda-feira o ex�rcito russo de ter sabotado a evacua��o de civis.

"Houve um acordo sobre corredores humanit�rios. Funcionou? Em seu lugar estavam tanques russos, Grads [lan�a-foguetes] russos, minas russas", afirmou Zelensky em um v�deo postado na rede social Telegram.

Por sua vez, o representante russo nas negocia��es acusou a Ucr�nia de impedir a evacua��o de civis das zonas de combate e de "usar [civis] direta e indiretamente at� mesmo como escudos humanos, o que � claramente um crime de guerra".

- "Corredores seguros" -

Sobre o terreno, a situa��o n�o para de piorar. Ao menos 13 pessoas morreram em um bombardeio contra uma padaria industrial em Makariv, a cerca de 50 km de Kiev.

Al�m disso, a situa��o humanit�ria se agrava a cada dia, com v�rias cidades assediadas sofrendo com a escassez de produtos b�sicos, como alimentos, eletricidade e �gua.

Para levar ajuda humanit�ria �s zonas de combate, a ONU "precisa de corredores seguros", declarou o subsecret�rio-geral para Assuntos Humanit�rios da entidade, Martin Griffiths, ao Conselho de Seguran�a.

A ofensiva russa, iniciada em 24 de fevereiro, provocou a fuga de mais de 1,7 milh�o de pessoas da Ucr�nia e um n�mero ainda maior de habitantes est�o deslocados dentro do pa�s ou bloqueados em cidades bombardeadas pela R�ssia.

O agravamento do conflito tamb�m provoca turbul�ncias financeiras e o aumento vertiginoso dos pre�os do petr�leo e do ouro.

O presidente russo, Vladimir Putin, estabeleceu como condi��o preliminar para a resolu��o do conflito que Kiev aceitasse todas as exig�ncias de Moscou, especialmente a desmilitariza��o da Ucr�nia e o estabelecimento do status de neutralidade no pa�s.

O presidente franc�s, Emmanuel Macron, afirmou nesta segunda-feira que n�o acreditava ser poss�vel negociar uma "solu��o real" entre Moscou e Kiev e que o conflito continuar�, pelo menos a curto prazo.

- 'Tudo ficar� bem' -

Na capital Kiev, os soldados ucranianos foram vistos se preparando para um poss�vel ataque russo.

"A capital se prepara para se defender", disse o prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, no aplicativo Telegram. "Kiev resistir�! Vai se defender!", acrescentou.

A cidade portu�ria de Odessa, �s margens do Mar Negro, tamb�m est� cada vez mais amea�ada. Muitas fam�lias deixaram seus parentes mais idosos, que est�o fracos demais para fugir da cidade, e a seus animais dom�sticos no convento Archangelo-Mikhailovsky, conforme constatou a AFP.

"Infelizmente n�o poderemos receber todo o mundo, e tamb�m temos problemas de dinheiro", comentou a respons�vel do convento de c�pulas douradas, Madre Serafina.

Em Irpin, uma pequena cidade nos arredores de Kiev parcialmente controlada pelas for�as russas, um corredor humanit�rio n�o oficial foi aberto para que milhares de moradores pudessem fugir por uma ponte improvisada e por uma estrada guardada por soldados e volunt�rios ucranianos.

Crian�as, idosos e fam�lias se apressavam para entrar em �nibus e vans lotadas, na esperan�a de sobreviver.

"Estou feliz por ter conseguido, agora tudo ficar� bem", disse Olga, de 48 anos, que foi retirada com seus dois c�es.

Segundo o ministro da Educa��o, Sergii Shkarlet, 211 escolas foram atingidas pelo bombardeio.

- "Consequ�ncias catastr�ficas" -

Em resposta � ofensiva, os pa�ses ocidentais impuseram san��es sem precedentes contra empresas, bancos e oligarcas russos.

Os l�deres dos Estados Unidos, Fran�a, Alemanha e Reino Unido "afirmaram sua determina��o de continuar a aumentar os custos para a R�ssia da invas�o n�o provocada e injustificada da Ucr�nia", declarou o governo americano ap�s uma videoconfer�ncia nesta segunda-feira.

Aliados ocidentais mantiveram uma frente unida nas san��es contra a R�ssia pela invas�o da Ucr�nia, mas surgiram na segunda-feira rachaduras sobre a perspectiva de um embargo �s importa��es russas de petr�leo e g�s, uma medida � qual se ap�e a Alemanha, que depende do combust�vel russo.

Tal embargo teria "consequ�ncias catastr�ficas para o mercado mundial", reagiu o vice-primeiro-ministro russo de Energia, Alexander Novak, dizendo que "o aumento de pre�o pode ser imprevis�vel e chegar a mais de US$ 300 por barril".

No entanto, o presidente dos EUA, Joe Biden, "ainda n�o tomou uma decis�o" sobre um eventual embargo russo de petr�leo e g�s, disse sua porta-voz, Jen Psaki, nesta segunda-feira.

Os EUA decidiram enviar outros 500 soldados � Europa para refor�ar a seguran�a da Otan, anunciou o Pent�gono.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)