A Casa Branca, que n�o reconhece Maduro como presidente depois de considerar sua reelei��o fraudulenta em 2018, afirmou que o tema energia foi debatido, no momento que os Estados Unidos buscam reduzir as importa��es de petr�leo da R�ssia, um aliado chave da Venezuela, ap�s a invas�o da Ucr�nia.
"O prop�sito da viagem dos funcion�rios do governo americano foi discutir uma variedade de temas que incluem certamente energia, seguran�a energ�tica", declarou a porta-voz do governo Joe Biden, Jen Psaki.
Maduro confirmou durante a noite de segunda-feira a reuni�o, que descreveu como "respeitosa, cordial e diplom�tica", sem entrar em detalhes sobre os temas abordados.
"Fizemos a reuni�o no gabinete presidencial", disse em um discurso na televis�o. "L� estavam as duas lindas bandeiras, unidas como deveriam estar as bandeiras dos Estados Unidos e da Venezuela. Tivemos quase duas horas de conversa".
"Pareceu muito importante poder, cara a cara, conversar sobre temas de m�ximo interesse da Venezuela", acrescentou. "Ratifico, como disse � delega��o, toda nossa vontade de diplomacia, de respeito e da m�xima esperan�a de um mundo melhor. Podemos avan�ar em uma agenda que permita o bem-estar e a paz dos povos de nosso hemisf�rio, de nossa regi�o".
A Venezuela n�o tem rela��es diplom�ticas com Washington desde 2019, quando o governo dos Estados Unidos reconheceu como presidente encarregado o l�der opositor Juan Guaid� e imp�s uma s�rie de san��es sobre Caracas na tentativa de for�ar a sa�da de Maduro.
As medidas incluem um embargo vigente desde abril de 2019 que impede a Venezuela de negociar o seu petr�leo - que representava 96% das receitas do pa�s - no mercado americano.
Desde ent�o, Maduro recebe forte apoio da R�ssia para continuar exportando petr�leo, apesar das medidas punitivas de Washington.
Psaki acrescentou que a delega��o tamb�m falou sobre a situa��o de cidad�os e residentes americanos detidos pelo governo Maduro, incluindo seis executivos da Citgo - filial nos Estados Unidos da estatal venezuelana PDVSA, presos na Venezuela em 2017.
Contudo, a porta-voz Psaki enfatizou que as conversas sobre energia e o destino dos detidos s�o "temas separados".
"Houve uma discuss�o com os membros do governo no decorrer nos �ltimos dias", assinalou a porta-voz. "E parte de nossa abordagem tamb�m est� na sa�de e no bem-estar dos cidad�os americanos detidos".
Nos �ltimos anos, Washington tamb�m pediu a liberta��o do ex-fuzileiro naval Matthew Heath, preso em setembro de 2020 sob a acusa��o de "espionagem"", e de dois veteranos militares, Airan Berry e Luke Denman, acusados de planejar um ataque mar�timo fracassado para derrubar Maduro em maio de 2020.
Segundo o jornal The New York Times, a visita a Caracas de altos funcion�rios do Departamento de Estado e da Casa Branca segue o suposto interesse de Washington de substituir parte do petr�leo que compra atualmente da R�ssia com o que deixou de comprar da Venezuela.
Aliado de Moscou, Maduro alertou para o perigo de uma expans�o do conflito na Ucr�nia para "uma terceira guerra mundial" e para os "impactos brutais" nos pre�os da energia, dos alimentos e transporte.
"Estamos tocando a campainha de alerta (...) ao mundo inteiro", disse Maduro, que pediu respeito aos corredores humanit�rios na Ucr�nia e que "o conflito militar n�o seja intensificado".
- Reuni�o com a oposi��o venezuelana -
Psaki n�o revelou os integrantes da delega��o do governo de Biden, mas algumas fontes vazaram os nomes de Juan Gonz�lez, diretor para as Am�ricas do Conselho de Seguran�a Nacional de Biden, Roger Carstens, enviado presidencial especial para quest�es de ref�ns, e Jimmy Story, embaixador dos Estados Unidos na Venezuela, baseado em Bogot�.
Pelo governo venezuelano participaram Maduro, sua esposa Cilia Flores, al�m do presidente do Parlamento, Jorge Rodr�guez.
Guaid� informou mais cedo que teve um encontro com os altos funcion�rios do governo americano, que tamb�m se reuniram com Gerardo Blyde, chefe da delega��o da oposi��o em um processo de negocia��o com o governo no M�xico, que est� suspenso desde outubro e que, segundo Maduro, ser� reativado "com muita for�a".
O an�ncio tamb�m coincide com a visita da delega��o dos Estados Unidos, que h� meses pede a retomada das negocia��es. De fato, Washington sinalizou no m�s passado que estaria disposto a revisar a pol�tica de san��es "se avan�os consider�veis fossem registrados no �mbito destas negocia��es".
Maduro ordenou a suspens�o das negocia��es no M�xico em retalia��o � extradi��o para os Estados Unidos por Cabo Verde de Alex Saab, um colaborador pr�ximo do presidente chavista e acusado de lavagem de dinheiro.
"O di�logo no M�xico recebeu um tremendo golpe, como voc�s sabem, mas se estamos pedindo di�logo para o mundo, temos que dar o exemplo no pa�s e vamos reformatar o processo de di�logo nacional", disse Maduro.
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WASHINGTON
Delega��o dos dos EUA viajou � Venezuela e falou sobre energia com governo Maduro
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