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Estado de Minas DUBAI

Rebeldes houthis aumentam repress�o contra as mulheres no I�men


08/03/2022 11:08

"Eles n�o t�m vergonha". Belkis, de 26 anos, lembra com a voz tr�mula a experi�ncia que viveu recentemente em um posto de controle dos rebeldes houthis, que impuseram regras r�gidas para as mulheres nos territ�rios que controlam no I�men devastado pela guerra.

Os houthis, da minoria zaidi do islamismo xiita e cuja base tradicional � o norte montanhoso do I�men, controlam a capital Sanaa e outras partes do pa�s.

O I�men � uma sociedade profundamente conservadora, mas os houthis, apoiados pelo Ir�, imp�em sua vers�o rigorosa da relig�o, segundo testemunhas.

Belkis, que usou um pseud�nimo por medo de repres�lias, contou como um oficial houthi a parou em um posto de controle de Sanaa quando ela estava viajando de �nibus com suas amigas.

Todas com cerca de 20 anos, mas Belkis disse que o oficial se referiu a elas como "menores".

"Ele nos fez perguntas e gritou", contou. "Nos acusou de violar a moralidade p�blica".

Elas estavam vestidas de forma simples, mas n�o com as vestes pretas e v�us faciais tradicionalmente usados em Sanaa.

"A maneira como est�vamos vestidas o incomodava" porque as roupas eram muito coloridas, disse Belkis.

As viola��es dos direitos das mulheres em �reas controladas pelos houthis tornaram-se "mais graves" no ano passado, de acordo com a ONG iemenita Mwatana.

As restri��es �s liberdades incluem a proibi��o do uso de contraceptivos e a limita��o do direito das mulheres ao trabalho.

"A situa��o � ruim para as mulheres em todo o pa�s, mas � pior nas �reas sob controle houthi", declarou Noria Sultan, da Mwatana, � AFP.

- Pris�o e humilha��o -

Uma moradora de Sanaa, que pediu anonimato, disse que os rebeldes usam at� mesmo a menor viola��o de suas regras como desculpa para "espancar, prender e humilhar mulheres".

No caso de Belkis, os rebeldes se opuseram a que as mulheres viajassem sem um guardi�o masculino, o que, embora n�o seja a lei no I�men, � exigido pelas for�as houthis.

"Antes era normal as mulheres viajarem", disse.

E quando informaram que planejavam cruzar as linhas de frente para chegar ao porto de �den, controlado pelo governo, as coisas pioraram.

O oficial respondeu: "Se Deus quiser, voc�s ir�o para o inferno'", lembrou a jovem.

As for�as houthis apreenderam seus documentos de identidade e as enviaram de volta � capital.

"Senti que estava sendo interrogada como uma criminosa". Os rebeldes olhavam para elas de forma desagrad�vel, acrescentou.

"Se houvesse institui��es adequadas, poder�amos ter exigido nossos direitos, mas n�o h� ningu�m a quem reclamar", lamentou Belkis. "� humilhante".

A guerra civil do I�men, que eclodiu em 2014 depois que os houthis capturaram Sanaa, op�e rebeldes ao governo reconhecido internacionalmente, apoiado por uma coaliz�o militar liderada pela Ar�bia Saudita.

Centenas de milhares de pessoas morreram como consequ�ncia direta ou indireta do conflito e milh�es foram deslocadas, no que a ONU chamou de pior crise humanit�ria do mundo.

As autoridades houthis se recusaram a responder aos pedidos de coment�rios da da AFP.


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