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Estado de Minas KIEV

Nova tentativa de instaurar corredores humanit�rios para retirar civis da Ucr�nia


08/03/2022 13:41

Os civis come�aram a ser retirados a conta-gotas, nesta ter�a-feira (8), da cidade ucraniana de Sumy, perto da fronteira com a R�ssia, em uma nova tentativa de instaurar corredores humanit�rios para que as pessoas cercadas pelos bombardeios possam ficar em seguran�a.

Os bombardeios a�reos contra esta cidade, que fica 350 km ao nordeste de Kiev e � cen�rio de violentos combates h� v�rios dias, mataram 21 pessoas - incluindo duas crian�as - na segunda-feira � noite, segundo o Minist�rio P�blico regional.

Dezenas de �nibus sa�ram de Sumy com destino a Lokhvytsia, 150 km ao sudoeste, informou o governador interino, Dmitry Lunin.

Horas depois, o minist�rio ucraniano da Defesa acusou a R�ssia de n�o respeitar o corredor humanit�rio em Mariupol, uma cidade portu�ria estrat�gica do sul do pa�s.

"O inimigo executou um ataque exatamente na dire��o do corredor humanit�rio", denunciou o minist�rio em sua p�gina do Facebook. O ex�rcito russo "n�o permitiu que crian�as, mulheres e idosos abandonassem a cidade", acrescenta o texto.

A R�ssia anunciou nas primeiras horas de ter�a-feira um cessar-fogo para permitir a sa�da dos civis das grandes cidades ucranianas, incluindo Kiev, Sumy, Mariupol, J�rkov e Chern�giv.

- "Tr�s mortos em minas terrestres" -

A instaura��o dos corredores humanit�rios foi o principal tema da terceira rodada de negocia��es entre R�ssia e Ucr�nia na segunda-feira, mas na frente de batalha as tropas russas prosseguem com o avan�o ao redor das grandes cidades, o que inclui bombardeios em alguns casos, segundo as autoridades ucranianas.

Depois de meses acumulando tropas nas proximidades da fronteira da ex-rep�blica sovi�tica, o presidente russo Vladimir Putin ordenou a invas�o alegando querer proteger a popula��o de l�ngua russa dos territ�rios rebeldes do leste da Ucr�nia, que lutam contra Kiev desde 2014.

O chefe de Estado da R�ssia exige a desmilitariza��o da Ucr�nia, um status neutro para o pa�s, atualmente inclinado ao Ocidente, e garantias de que Kiev nunca integrar� a Otan.

O Minist�rio da Defesa ucraniano afirmou que o general russo Vitali Guerassimov morreu perto de Kharkiv, informa��o que as autoridades russas n�o confirmaram e que foi imposs�vel verificar com uma fonte independente.

De acordo com um porta-voz do ex�rcito russo, Igor Konashenkov, as for�as russas tomaram um aer�dromo militar em Jytomyr, 150 km a oeste de Kiev, e os separatistas pr�-russos de Lugansk e Donetsk continuaram avan�ando.

Em uma estrada na regi�o de Chernigov, ao norte de Kiev, tr�s adultos foram mortos e tr�s crian�as ficaram feridas em uma explos�o de mina terrestre, anunciaram autoridades ucranianas.

- "Todos os dias h� bombardeios" -

Em Irpin, nos arredores de Kiev, a AFP viu centenas de pessoas esperando na fila para atravessar um rio em t�buas estreitas de madeira, chapas de metal e paletes.

"Eu n�o queria sair, mas n�o h� mais ningu�m nas casas ao meu redor e n�o h� �gua, g�s, eletricidade", disse Larissa Prokopets, 43 anos. A mulher decidiu sair depois de v�rios dias "escondida no por�o de [sua] casa", que tremia de vez em quando devido aos bombardeios.

Em Mikolaiv, perto de Odessa, no sul, carros formaram filas de v�rios quil�metros enquanto os combates avan�avam, confirmou outro jornalista da AFP.

Em frente ao hospital central da cidade, Sabrina, 18 anos, esperava a m�e, carregando um gato, um cachorro e v�rias malas. "Vamos deixar a cidade o mais r�pido poss�vel. Todos os dias h� bombardeios, � aterrorizante", disse ela.

- Mais de dois milh�es de refugiados -

O conflito provocou o �xodo mais acelerado na Europa desde a Segunda Guerra Mundial. Mais de dois milh�es de pessoas fugiram da Ucr�nia desde 24 de fevereiro e seguiram para pa�ses vizinhos, sobretudo para a Pol�nia, anunciou o Alto Comissariado das Na��es Unidas para os Refugiados (Acnur).

O balan�o mais recente da ONU registra 406 civis mortos na invas�o, mas este n�mero certamente est� muito abaixo dos dados reais de v�timas da guerra.

A justi�a alem� anunciou que est� investigando poss�veis crimes de guerra na Ucr�nia.

Pouco depois, a promotoria espanhola fez um an�ncio semelhante, anunciando a abertura de uma investiga��o sobre "graves viola��es do direito internacional humanit�rio" derivadas do "ato de guerra injustificados" cometido pela R�ssia na Ucr�nia.

O Tribunal Penal Internacional (TPI) abriu na semana passada uma investiga��o sobre o tema e o governo dos Estados Unidos afirmou que tem informa��es "muito confi�veis" sobre crimes de guerra cometidos pela R�ssia.

- Embargo ao petr�leo ? -

Em resposta � ofensiva, os pa�ses ocidentais impuseram san��es sem precedentes contra empresas, bancos e magnatas russos nos �ltimos dias, mas Kiev insiste em pedir um boicote �s exporta��es russas e a imposi��o de uma zona de exclus�o a�rea para impedir os bombardeios.

O setor de energia ainda n�o foi afetado por essas san��es, especialmente porque a Europa � altamente dependente do g�s russo e, principalmente, da Alemanha.

No entanto, de acordo com a imprensa dos EUA, o presidente americano, Joe Biden, anunciaria um embargo �s importa��es de petr�leo russo e g�s natural liquefeito nesta ter�a-feira. A Casa Branca afirmou que Biden anunciaria "a��es para continuar sancionando a R�ssia".

Neste contexto, o pre�o do petr�leo voltou a disparar nesta ter�a-feira: o barril do Brent do Mar do Norte, o petr�leo de refer�ncia na Europa, subiu mais de 5%.

Durante o dia, o grupo anglo-holand�s Shell anunciou que planeja se afastar do petr�leo e g�s russos, "gradualmente" e de acordo com as "novas diretrizes do governo" brit�nico em resposta � invas�o russa da Ucr�nia.

A bolsa de metais de Londres (LME) suspendeu a negocia��o de n�quel de maneira tempor�ria, depois que o pre�o superou por alguns minutos US$ 100.000 por tonelada, diante do risco de escassez caso a R�ssia n�o consiga exportar sua produ��o.

O presidente chin�s, Xi Jiping, pediu "muita cautela" no conflito ucraniano durante uma liga��o com seu colega franc�s, Emmanuel Macron, e chanceler alem�o, Olaf Scholz, expressando sua "profunda preocupa��o".


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