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Estado de Minas M�XICO

M�xico acusa Parlamento europeu de apoiar 'estrat�gia golpista' por pedir prote��o a jornalistas


11/03/2022 17:43

O governo mexicano acusou o Parlamento Europeu de apoiar uma "estrat�gia golpista" de seus opositores, ap�s o pedido do organismo a proteger os jornalistas e defensores de direitos humanos ap�s o assassinato de pelo menos sete jornalistas este ano.

"� lament�vel que se somem como cordeiros � estrat�gia reacion�ria e golpista do grupo corrupto que se op�e � Quarta Transforma��o (plano de governo)", destacou um comunicado redigido pelo pr�prio presidente Andr�s Manuel L�pez Obrador.

"Os legisladores europeus foram surpreendidos porque n�o � correto o que sustentam, � completamente falso", afirmou nesta sexta o presidente em sua coletiva de imprensa habitual, tachando a resolu��o de "caluniosa".

O Parlamento Europeu (composto por 705 eurodeputados dos 27 pa�ses da UE) aprovou na quinta-feira uma resolu��o pedindo �s autoridades mexicanas "que garantam a prote��o e a cria��o de um ambiente seguro para jornalistas e defensores dos direitos humanos".

A C�mara europeia destacou que "o M�xico � h� muito tempo o lugar mais perigoso e mortal para os jornalistas fora de uma zona de guerra oficial", e considerou que o pa�s tem um "problema end�mico" na investiga��o desses crimes, j� que "95% ficam impunes".

A resolu��o do Parlamento, que n�o � vinculativa, aponta para o presidente mexicano, Andr�s Manuel L�pez Obrador, por "sua ret�rica para denegrir e intimidar jornalistas independentes, propriet�rios de meios de comunica��o e ativistas", segundo um comunicado de imprensa desta institui��o.

Nesse sentido, os eurodeputados afirmam que a situa��o "se deteriorou desde as �ltimas elei��es presidenciais em julho de 2018".

O presidente critica quase diariamente um setor da imprensa que acusa de servir a interesses privados e atacar seu governo diante da perda de "privil�gios" que, segundo ele, mantinham com administra��es anteriores.

Ao menos sete jornalistas foram assasinados no M�xico este ano, segundo balan�os atualizados das organiza��es Rep�rteres sem Fronteiras e Art�culo 19. Um deles, o locutor Jorge Luis Camero, foi morto em 24 de fevereiro, duas semanas depois de ter deixado o cargo na prefeitura de Empalme (estado de Sonora).

"O M�xico deve fazer seu o chamado de um aliado europeu nesta resolu��o aprovada quase por unanimidade", manifestou-se nesta sexta-feira a ONG Rep�rteres sem Fronteiras em sua conta no Twitter.

- Grave deteriora��o -

A resolu��o da C�mara, que n�o � vinculante, destaca que o "M�xico � h� muito tempo o local mais perigoso e mortal para os jornalistas fora de uma zona oficial de guerra" e considera que o pa�s tem um "problema end�mico" para investigar estes crimes, j� que "95% ficam impunes".

Al�m disso, denuncia que "o Estado de Direito est� se deteriorando de forma grave" no M�xico em meio a um clima de "viol�ncia generalizada".

"Chega de corrup��o, de mentiras e hipocrisia", respondeu L�pez Obrador em um comunicado divulgado quinta-feira � noite, dirigindo-se aos eurodeputados, no qual refor�ou que no M�xico "se respeita a liberdade de express�o e o trabalho dos jornalistas".

A exorta��o do Parlamento Europeu se soma ao pedido dos Estados Unidos, em fevereiro, para que o M�xico aja com maior responsabilidade frente a crimes contra comunicadores, o que o governo de L�pez Obrador recha�ou por considerar "intervencionista".

O presidente assegurou nesta sexta-feira que o governo registra cinco assassinatos de jornalistas e que s� em um caso ainda n�o h� detidos. Nos casos dos outros homic�dios houve 17 deten��es, disse.

"Evoluam, deixem para tr�s sua mania intervencionista disfar�ada de boas inten��es. Voc�s n�o s�o o governo mundial", acrescenta o documento, que tamb�m pede aos eurodeputados que se informem e "leiam bem" as resolu��es antes de assin�-las.

L�pez Obrador aproveitou o contraponto para criticar o papel da Europa frente � invas�o russa da Ucr�nia, condenada pelo M�xico.

"Imaginem o que � se envolver e n�o poder deter uma guerra e come�ar a querer resolver as coisas uma vez que as hostilidades come�aram, ao inv�s de buscar o di�logo, a solu��o pac�fica de imediato", disse nesta sexta, questionando, ainda, o envio de armas para a Ucr�nia.

Cerca de 150 jornalistas foram mortos no M�xico desde 2000, segundo a organiza��o Rep�rteres Sem Fronteiras.

Desde 2018, ano em que L�pez Obrador assumiu o cargo, 47 jornalistas e 68 ativistas de direitos humanos foram mortos.


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