"Em rela��o com a agress�o russa contra a Ucr�nia, o Conselho Federal decidiu [...] que os pedidos de sobrevoo do territ�rio su��o das partes em conflito e de outros Estados com o objetivo de oferecer apoio militar �s partes, inclusive atrav�s da entrega de material b�lico, n�o ser�o aceitos", assinalou o Executivo em um comunicado.
Esta decis�o n�o se refere ao sobrevoo de aeronaves militares das partes em conflito ou de outros Estados com fins humanit�rios ou m�dicos, o que inclui o transporte a�reo de feridos.
Segundo a lei de neutralidade, a Su��a n�o pode participar em uma guerra entre outros Estados.
Historicamente, a neutralidade teve papel importante na forma��o do Estado su��o e � mencionada em documentos que datam de 1647, explicou a Confedera��o em um prospecto sobre a neutralidade publicado logo depois da invas�o russa da Ucr�nia.
A "neutralidade militar permanente" da Su��a foi reconhecida internacionalmente em uma declara��o das principais pot�ncias europeias (R�ssia, Inglaterra, Pr�ssia, �ustria e Fran�a) no Congresso de Viena em 1815.
Desde a cria��o do Estado federal su��o em 1848, a neutralidade tem sido um componente importante da pol�tica de seguran�a da Su��a e de sua pol�tica externa, um conceito que � amplamente aceito pela popula��o, de acordo com as pesquisas de opini�o.
O direito � neutralidade, que foi codificado nas Conven��es de Haia de 18 de outubro de 1907, define os direitos e as obriga��es de um Estado neutro como a Su��a.
O mais importante consiste na inviolabilidade do territ�rio de um Estado neutro.
Entre as obriga��es principais est�o: abster-se de participar na guerra, garantir sua pr�pria defesa, garantir a igualdade de tratamento dos beligerantes pela exporta��o de material de guerra, evitar fornecer combatentes mercen�rios e rejeitar colocar seu territ�rio � disposi��o das partes em conflito.
GENEBRA