As autoridades de Shenzhen anunciaram o novo confinamento no domingo (13), ap�s a detec��o na cidade de focos da doen�a relacionados com a vizinha Hong Kong, onde o v�rus provoca muitos danos.
Nesta segunda-feira, a gigante taiwanesa do setor eletr�nico Foxconn, principal fornecedora da Apple, informou a suspens�o das opera��es em Shenzhen, porque o confinamento afeta o funcionamento de suas f�bricas.
A Foxconn, que emprega dezenas de milhares de pessoas na cidade, disse que transferiu a produ��o para outros centros.
Shenzhen � uma das dez cidades da China que est�o em confinamento atualmente.
As autoridades de sa�de alertaram que podem adotar medidas ainda mais estritas, apesar de a pol�tica de "covid zero" de Pequim parecer estar provocando o cansa�o na popula��o, principalmente com a variante �micron, com menos casos graves.
Nas �ltimas 24 horas, as autoridades registraram 2.300 novos casos em todo pa�s. No domingo, foram notificados quase 3.400, o maior n�mero desde o in�cio da pandemia.
"Registramos pequenos focos em bairros e f�bricas", relatou Huang Qiang, funcion�rio do governo de Shenzhen nesta segunda-feira. "Isto sugere que h� um risco elevado de propaga��o na popula��o e que ainda s�o necess�rias medidas de precau��o", explicou.
- "Esperar" -
As fotos compartilhadas com a AFP por um morador de Shenzhen mostram a entrada de um complexo residencial bloqueada por grandes barreiras.
As a��es das empresas de tecnologia registraram queda na Bolsa de Hong Kong nesta segunda-feira, consequ�ncia da preocupa��o com o impacto da propaga��o do v�rus em Shenzhen, sede dos grupos Huawei e Tencent, assim como da maior f�brica da Foxconn.
Em Xangai, a metr�pole com maior popula��o da China, zonas residenciais foram confinadas, e as autoridades trabalham para evitar um confinamento geral.
A cidade informou hoje 170 novos casos de covid. Um empres�rio que � dono de quatro restaurantes afirmou que � dif�cil enfrentar as restri��es.
"As pol�ticas s�o diferentes nos bairros", declarou � AFP, sob anonimato. "Quero fechar um e manter os outros abertos, e ver o que acontece depois. O que mais posso fazer al�m de esperar?", resignou-se.
A prov�ncia de Jilin (nordeste) registrou mais de mil casos pelo segundo dia consecutivo. Ao menos cinco cidades da prov�ncia est�o bloqueadas desde o in�cio de mar�o, entre elas Changchun, de nove milh�es de habitantes.
Embora o n�mero de casos permane�a baixo em compara��o com outros pa�ses, o balan�o dos �ltimos dias � consider�vel no contexto da China, onde as autoridades aplicam desde 2020 uma pol�tica de toler�ncia zero com a pandemia.
Nos �ltimos dias, ao menos 26 funcion�rios de tr�s prov�ncias foram demitidos por m� gest�o durante a epidemia, informou a imprensa estatal.
At� agora, a China conseguiu controlar os focos espor�dicos por meio de confinamentos locais, testes em larga escala e o controle de sua popula��o por aplicativos de rastreamento. As fronteiras do pa�s permanecem praticamente fechadas.
O surgimento da variante �micron p�e sua abordagem dr�stica em xeque, por�m, no momento em que a maior parte do planeta opta por conviver com o v�rus.
O virologista Zhang Wenhong defendeu, nesta segunda-feira, que a China ainda n�o pode flexibilizar a pol�tica de "covid zero", apesar da baixa taxa de mortalidade da �micron.
"� muito importante que a China continue adotando a estrat�gia de covid zero em um futuro pr�ximo", escreveu Zhang nas redes sociais. "Mas isto n�o significa que vamos adotar permanentemente a estrat�gia de confinamento e de testes em larga escala", completou.
HON HAI PRECISION INDUSTRY (FOXCONN)
APPLE INC.
Tencent
PEQUIM