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Estado de Minas GUERRA NA EUROPA

R�ssia e Ucr�nia interrompem negocia��es logo no in�cio da reuni�o

Encontro ser� retomado nesta ter�a-feira (15/03). Interrup��o foi classificada como 'pausa t�cnica'


14/03/2022 11:11 - atualizado 14/03/2022 11:32

Sobrevivente de ataque a prédios em Kiev observa, atônito, a destruição desta manhã
Sobrevivente de ataque a pr�dios em Kiev observa, at�nito, a destrui��o desta manh� (foto: Aris Messinis / AFP)


R�ssia e Ucr�nia retomar�o negocia��es na ter�a-feira, informou o governo ucraniano. A reuni�o sofreu uma pausa "t�cnica".

 

A nova rodada de negocia��es entre R�ssia e Ucr�nia come�ou nesta segunda-feira  (14/03) por videoconfer�ncia, enquanto os combates s�o cada vez mais intensos, com 17 mortos em um bombardeio na regi�o separatistas pr�-russa de Donetsk e duas v�timas civis em ataques contra Kiev.

Nos �ltimos dias, os combates se tornaram mais violentos nas proximidades da capital ucraniana, quase totalmente cercada.

O Kremlin afirmou que o ex�rcito russo n�o descarta "tomar o controle total das principais cidades que j� est�o cercadas". Isto implicaria uma ofensiva militar de grande envergadura, diante de uma resist�ncia que se mostra feroz.

Durante a madrugada desta segunda, um edif�cio de oito andares do bairro de Obolon, na zona norte de Kiev, "foi alvo de um disparo de artilharia", que provocou uma morte e deixou 12 feridos, segundo as equipes de emerg�ncia ucranianas. Mais tarde, um bombardeio em outro bairro, perto da f�brica de avi�es Antonov, deixou outra v�tima fatal.

Na periferia ao noroeste de Kiev, cen�rio de combates violentos h� v�rios dias, morreu no domingo o documentarista americano Brent Renaud, o primeiro jornalistas estrangeiros falecido no conflito, v�tima de tiros de origem ainda desconhecida.

A capital "� uma cidade em estado de s�tio", afirmou no domingo um conselheiro do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

Em Donetsk, os separatistas pr�-R�ssia, apoiados por Moscou e que controlam o centro industrial desde 2014, anunciaram que um bombardeio do ex�rcito ucraniano deixou pelo menos 17 mortos no centro da cidade. Eles publicaram fotos que mostram corpos ensanguentados em uma rua repleta de escombros.

- "Nenhum lugar seguro" -

Mais a oeste, em outra grande cidade industrial, Dnipro, at� agora considerada um ref�gio para os civis procedentes de Kharkiv ou Zaporizhzhia, as sirenes de alarme foram ouvidas durante cinco horas, pela primeira vez desde o in�cio da invas�o russa, em 24 de fevereiro.

Nenhum proj�til caiu na cidade, mas "n�o h� nenhum lugar seguro", declarou � AFP Yilena, de 38 anos, que veio de Zaporizhzhia.

No sul da Ucr�nia, a R�ssia apertou o cerco, segundo o minist�rio brit�nico da Defesa, que tuitou que as for�as navais russas estabeleceram um "bloqueio � distancia da costa ucraniana do Mar Negro".

A situa��o permanece dram�tica no porto estrat�gico de Mariupol. Cercado, sem energia el�trica nem alimentos, a cidade aguarda a ajuda humanit�ria. De acordo com as autoridades municipais, 2.187 habitantes morreram desde 24 de fevereiro.

Quase 160 ve�culos conseguiram deixar Mariupol, por um corredor humanit�rio, nesta segunda-feira.

Os combates tamb�m chegaram ao oeste do pa�s, que at� agora estava relativamente tranquilo, com bombardeios no s�bado contra a base militar de Yavoriv, perto da Pol�nia - pa�s membro da Otan e da Uni�o Europeia - e de Lviv, cidade ref�gio para milhares de deslocados.

Moscou afirma que dezenas de "mercen�rios estrangeiros" morreram. As autoridades ucranianas afirmam que todas as v�timas fatais eram civis.

O presidente ucraniano voltou a pedir que a Otan estabele�a uma zona de exclus�o a�rea em seu territ�rio, o que a alian�a militar rejeita para n�o se ver envolvida na guerra.

"Se n�o fecharem o nosso c�u � quest�o de tempo para que os m�sseis russos caiam em seu territ�rio, territ�rio da Otan, as casas de cidad�os da Otan", declarou o presidente em um v�deo.

- Putin-Zelensky? -

Neste contexto foram retomadas as negocia��es, desta vez por videoconfer�ncia, entre as delega��es da R�ssia e da Ucr�nia.

Pouco antes do in�cio, Mikhailo Podolyak, negociador e conselheiro de Zelensky, afirmou que a Ucr�nia seguiria exigindo um "cessar-fogo imediato e a retirada de todas as tropas russas".

"Apenas depois disso poderemos falar de nossas rela��es e de nossas diverg�ncias pol�ticas", escreveu no Twitter.

As negocia��es anteriores entre russos e ucranianos fracassaram, mas desta vez as duas partes parecem mais otimistas.

Do lado russo, Leonid Slutsky, da equipe de negocia��es, admitiu "avan�os significativos", em uma entrevista no domingo ao canal estatal RT.

As conversas v�o continuar na ter�a-feira.

Para Zelensky, sua delega��o tem uma meta clara: Fazer tudo para assegurar uma reuni�o de presidentes, "uma reuni�o que tenho certeza as pessoas est�o esperando".

O presidente falar� ao Congresso dos EUA na quarta-feira. "Estamos ansiosos pelo privil�gio de receber o discurso do presidente Zelensky na C�mara e no Senado e transmitir nosso apoio ao povo da Ucr�nia enquanto defendem corajosamente a democracia", disseram a presidente da C�mara de Representantes, Nancy Pelosi, e seu colega do Senado, Chuck Schumer, em uma carta conjunta aos legisladores.

Enquanto prosseguem as negocia��es, persiste o temor de propaga��o do conflito e as a��es diplom�ticas s�o intensas.

Funcion�rios de alto escal�o dos Estados Unidos e da China se re�nem em Roma nesta segunda-feira. A Casa Branca est� preocupada com uma poss�vel ajuda de Pequim a Moscou.

E grandes manobras militares da Otan, o exerc�cio "Cold Response 2022", planejadas h� muito tempo, come�aram nesta segunda-feira na Noruega, com o objetivo de testar a capacidade dos pa�ses membros de ajudar quando um deles � atacado. Quase 30.000 soldados, 200 avi�es e 50 navios de 27 na��es ser�o mobilizados no �rtico.

Os pa�ses ocidentais voltaram a expressar apoio � Ucr�nia no domingo. O chefe da diplomacia americana Antony Blinken, garantiu ao chanceler ucraniano, Dmytro Kuleba, "a solidariedade inquebrant�vel dos Estados Unidos � Ucr�nia", segundo o porta-voz Ned Price.

Washington e seus aliados europeus enviaram fundos e ajuda militar para ex-rep�blica sovi�tica. Tamb�m adotaram san��es econ�micas sem precedentes contra a R�ssia.

Mas o governo dos Estados Unidos descartou uma interven��o direta e o presidente Joe Biden advertiu que se a Otan entrar em combate contra a R�ssia ser� "a Terceira Guerra Mundial".

Biden conversou no domingo com o presidente franc�s, Emmanuel Macron, e ambos "destacaram seu compromisso de responsabilizar a R�ssia por suas a��es e apoiar o governo e o povo da Ucr�nia", informou a Casa Branca.

- "Default artificial" -

Diante das san��es que congelam 300 bilh�es de d�lares de reservas da R�ssia no exterior, Moscou acusa os pa�ses ocidentais de tentar provocar um "default artificial".

"As declara��es de que a R�ssia n�o pode cumprir as suas obriga��es em rela��o � sua d�vida p�blica n�o correspondem � realidade", insistiu o minist�rio das Finan�as, antes de acrescentar que "o congelamento de contas em moeda estrangeira do Banco da R�ssia e do governo pode ser visto como o desejo de alguns pa�ses estrangeiros de organizar um default artificial".

As san��es deixam a R�ssia em dificuldades no momento de enfrentar v�rios pagamentos da d�vida em outras divisas e que vencem em mar�o e abril, o que provoca recorda��es do humilhante calote de 1998.

Outro efeito da disputa entre russos e ocidentais foi o impacto na rede social Instagram, que pertence ao grupo americano Meta, que estava inacess�vel nesta segunda-feira na R�ssia. 


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