Central ucraniana de Chernobyl volta a ficar sem energia el�trica

A Ucr�nia acusou o ex�rcito russo, nesta segunda-feira (14), de ter cortado mais uma vez a eletricidade na central nuclear de Chernobyl, localizada ao norte de Kiev e cen�rio do pior desastre nuclear do mundo em 1986 e que agora est� sob controle russo.

As autoridades ucranianas afirmaram no domingo que haviam restabelecido o fornecimento de energia el�trica da central, que ainda precisa de energia para garantir a seguran�a dos elementos combust�veis armazenados.

"Mas antes do restabelecimento completo da energia, as for�as de ocupa��o danificaram a linha que alimenta a central nuclear de Chernobyl", anunciou o operador ucraniano das instala��es, o Ukrenergo, no Facebook.

O grupo Ukrenergo afirma que seus t�cnicos repararam uma linha de alta tens�o que abastecia Chernobyl e a cidade de Slavutych. Mas esta linha voltou a sofrer danos e mais funcion�rios ter�o que retornar ao local para novos reparos.

"Um abastecimento de energia el�trica est�vel evitar� a repeti��o da cat�strofe de Chernobyl", afirmou Ukrenergo.

A R�ssia n�o reagiu � acusa��o at� agora.

O reator n�mero 4 da central de Chernobyl explodiu em 1986, provocando o pior desastre nuclear civil da hist�ria. O local est� coberto por um sarc�fago duplo, um constru�do pelos sovi�ticos, atualmente danificado, e outro, mais moderno, inaugurado em 2019.

Os outros tr�s reatores da usina foram desligados gradualmente ap�s a cat�strofe, o �ltimo em 2000.

No entanto, ainda � necess�rio um sistema de energia el�trica para resfriar os 20.000 elementos combust�veis armazenados na piscina.

Dado o tempo decorrido desde o acidente de 1986, "a carga t�rmica da piscina e o volume de �gua de resfriamento s�o suficientes para garantir a remo��o efetiva do calor sem eletricidade", estimou a Ag�ncia Internacional de Energia At�mica (AIEA) em 9 de mar�o.

Por outro lado, a ag�ncia nuclear ucraniana Energoatom tamb�m acusou os militares russos nesta segunda-feira de detonar muni��o perto de um reator da usina nuclear de Zaporizhzhia, no sul da Ucr�nia, bombardeada em 4 de mar�o e ocupada desde ent�o pelos russos.

Durante as explos�es, "os funcion�rios tiveram que deixar seus locais de trabalho", escreveu a Energoatom no Telegram.

A ag�ncia n�o ofereceu informa��es sobre o n�vel de radioatividade no local ap�s as explos�es.

A Energoatom afirmou que 11 representantes da ag�ncia nuclear russa Rosatom est�o atualmente no local e "participando" desses eventos.

"A ag�ncia russa est� violando todas as normas e exig�ncias da seguran�a nuclear internacional", acusou a Energoatom, que pediu � AIEA que aja para evitar "uma cat�strofe que a R�ssia est� preparando para todo o planeta".