
A escalada do conflito na Ucr�nia causou a destrui��o da infraestrutura civil e v�timas civis, for�ando as pessoas a fugir de suas casas em busca de seguran�a, prote��o e assist�ncia. De acordo com a Acnur, ag�ncia das Na��es Unidas para refugiados, o n�mero de cidad�os obrigadas a deixar o pa�s pode chegar a 4 milh�es.
Somente na primeira semana de conflito com a R�ssia, o n�mero chegou a 1 milh�o e o total j� soma mais de 2,5 milh�es, estima a ONU. O pa�s tem uma popula��o estimada em 44,13 milh�es de habitantes.
Somente na primeira semana de conflito com a R�ssia, o n�mero chegou a 1 milh�o e o total j� soma mais de 2,5 milh�es, estima a ONU. O pa�s tem uma popula��o estimada em 44,13 milh�es de habitantes.
A guerra na Ucr�nia vem causando uma mobiliza��o internacional como poucas vezes se viu nas �ltimas d�cadas. Mesmo sem nenhum pa�s ter enviado tropas, os ucranianos vem recebendo apoio militar, ajuda humanit�ria e manifesta��es de alian�a de diversas partes do mundo. Em quest�o de dias, os Estados Unidos e Europa impuseram � R�ssia um dos maiores pacotes de san��es internacionais j� vistas contra outro pa�s.
No entanto, quando comparada com outros conflitos que existem no mundo hoje, h� mais mortes e sofrimento humano sendo causados em outras guerras que recebem menos aten��o e ajuda internacional. Em seu Relat�rio Semestral de 2021, a Acnur estima que o deslocamento for�ado global teve um aumento acentuado em rela��o aos 82,4 milh�es relatados no final de 2020.
No final de junho de 2021, o n�mero de refugiados ultrapassou 20,8 milh�es. Mais da metade dos novos reconhecimentos s�o origin�rios de cinco pa�ses: Rep�blica Centro-Africana (71.800), Sud�o Sul (61.700), S�ria (38.800), Afeganist�o (25.200) e Nig�ria (20.300). No mesmo per�odo, havia 92.100 novos venezuelanos deslocados na Am�rica Latina e no Caribe.
O n�mero de solicitantes da condi��o de refugiado subiu para 4,4 milh�es, em compara��o com os 4,1 milh�es no final de 2020. A ONU classifica o I�men como a pior situa��o humanit�ria do mundo.
O conflito no pa�s do Sudoeste da �sia j� dura pelo menos 11 anos e registra mais de 233 mil mortos e 2,3 milh�es de crian�as em desnutri��o aguda. Falta �gua pot�vel e atendimento m�dico � popula��o.
A Acnur continua respondendo �s situa��es de deslocamento interno em 33 pa�ses. Em meados de 2021, o n�mero de pessoas deslocadas internamente aumentou para quase 50,9 milh�es. A intensifica��o da viol�ncia levou a novos deslocamentos significativos no Afeganist�o, Rep�blica Democr�tica do Congo, Eti�pia, Mo�ambique, Mianmar, Sud�o do Sul e pa�ses da regi�o do Sahel, entre outros locais.
O Sahel que significa "costa" ou "fronteira", � uma faixa de 500 a 700 quiol�metros de largura, em m�dia, e 5.400 quiol�metros de extens�o, entre o deserto do Saara, ao norte, e a savana do Sud�o, ao sul; e entre o oceano Atl�ntico, a oeste, e ao mar Vermelho, a leste.
No primeiro semestre de 2021, milh�es de pessoas foram for�adas a abandonar suas casas devido a conflitos armados, viol�ncia generalizada ou viola��es dos direitos humanos. Muitas delas enfrentaram desafios adicionais devido � COVID-19, desastres, condi��es meteorol�gicas extremas e outros efeitos das mudan�as clim�ticas.

A base � uma disputa entre diferentes grupos �tnicos que tentam conviver h� quase 30 anos. Desde 1994, a Eti�pia tem um sistema de governo federativo �s vezes chamado de federalismo �tnico, em que cada uma das dez regi�es do pa�s � controlada por diferentes grupos �tnicos.
Tamb�m no chifre da �frica, a Som�lia vive vinte anos de conflito e ondas de seca desarraigaram um quarto dos 7,5 milh�es de habitantes do pa�s. Enquanto a regi�o enfrenta sua seca mais severa em 60 anos, o �xodo somali est� crescendo rapidamente.
No Mali, segundo a Acnur, ap�s a viol�ncia, hostilidades, viola��es dos direitos humanos e uma situa��o humanit�ria em r�pida deteriora��o na parte norte do pa�s desde janeiro de 2012, um grande n�mero de malianos busca ref�gio em Burkina Faso, Maurit�nia e N�ger ou deslocados internamente.
A regi�o do Sahel Central (Burkina Faso, Mali e N�ger) est� enfrentando uma grave crise humanit�ria e de prote��o, levando milh�es de pessoas a fugir de suas casas. Ataques indiscriminados de grupos armados contra civis, execu��es sum�rias de homens, uso generalizado de estupros contra mulheres, bem como ataques a institui��es do Estado, incluindo escolas e unidades de sa�de, s�o os mais recentes fatores de deslocamento que impactam uma regi�o que j� sofre com as mudan�as clim�ticas, pobreza, falta de oportunidades econ�micas e servi�os b�sicos, segundo relat�rio da Acnur.
A situa��o humanit�ria no Afeganist�o deteriorou-se em 2021. Cerca de 3,5 milh�es de pessoas est�o atualmente deslocadas pelo conflito. No Ir� e no Paquist�o, vizinhos do Afeganist�o, tamb�m h� 2 milh�es de refugiados afeg�os registrados. A maioria desses refugiados fugiu do Afeganist�o ao longo dos anos, desde 1979.
Outros 5,3 milh�es de refugiados retornaram ao Afeganist�o em fases, desde 2002, mas essa tend�ncia vem diminuindo nos �ltimos tempos, conforme a ag�ncia. Em agosto de 2021, a Acnur tamb�m divulgou um aviso de n�o retorno para o Afeganist�o, pedindo a suspens�o do retorno for�ado de cidad�os afeg�os, incluindo requerentes de asilo que tiveram seus pedidos rejeitados.
Desde 2011, mais de 5,6 milh�es de refugiados fugiram da S�ria, buscando seguran�a na Turquia, L�bano, Jord�nia, Iraque, Egito, causando forte impacto nas comunidades anfitri�s. Conforme a ONU, o financiamento para a resposta humanit�ria n�o est� atendendo �s necessidades. Mais de 2 milh�es de pessoas sofreram algum tipo de ferimento. Mais da metade da popula��o do pa�s antes da guerra (que era de 22 milh�es) tiveram de deixar suas casas.
O conflito deixou mais de 380 mil mortos, arrasou cidades e envolveu outros pa�ses estrangeiros. Mais de 200 mil pessoas est�o desaparecidas - presume-se que morreram.