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Estado de Minas SANTIAGO

Boric defende integra��o latino-americana para al�m do vi�s pol�tico


14/03/2022 19:23

O novo presidente do Chile, Gabriel Boric, defendeu nesta segunda-feira (14) solu��es regionais para a crise migrat�ria gerada pelo �xodo venezuelano e tamb�m uma agenda latino-americana econ�mica e ambiental independente das afinidades ideol�gicas dos l�deres da vez.

Em sua primeira entrevista coletiva com correspondentes internacionais, o presidente de esquerda de 36 anos enfatizou que o Chile "� latino-americano" e est� interessado em ser parte da regi�o, marcando uma diferen�a significativa para seu antecessor, o conservador Sebasti�n Pi�era, que, antes da crise social de 2019, afirmava que seu pa�s era um "o�sis".

"� necess�rio e importante que a Am�rica Latina volte a ter uma voz no mundo, que estamos perdendo h� muito tempo", disse o presidente, que tomou posse na �ltima sexta-feira. "Isso n�o depende, claro, de uma �nica pessoa. Vamos humildemente contribuir nesse sentido para a regi�o", acrescentou.

Nesse sentido, Boric afirmou que "devemos parar de criar organiza��es baseadas nas afinidades ideol�gicas dos l�deres da vez". "O Prosul, a Unasul, o Grupo de Lima e a s�rie de siglas j� conhecidas, muitas vezes agrupadas por afinidades [...], mostraram que n�o s�o �teis para nos unir e avan�ar na integra��o", frisou.

"Nossas rela��es com os pa�ses s�o institucionais", disse, mas sem esconder sua afinidade com outros nomes do campo da esquerda na regi�o, como o ex-presidente brasileiro Luiz In�cio Lula da Silva; o candidato � presid�ncia da Col�mbia, Gustavo Petro, ou com princ�pios do Movimento ao Socialismo (MAS) que governa a Bol�via.

- Crise migrat�ria -

Sobre a crise migrat�ria na fronteira entre Chile e Bol�via, onde, desde o fim de 2020, milhares de pessoas - a maioria venezuelanos - atravessam para o territ�rio chileno por passagens clandestinas, Boric disse que � um tema que os integrantes de seu governo j� v�m analisando desde a vit�ria eleitoral em dezembro.

O presidente contou que sua equipe estudou o sistema de cotas implementado pela Uni�o Europeia por causa da "crise derivada da guerra na S�ria, que sabemos ser o maior �xodo mundial neste momento" e adiantou que falar� em breve sobre a quest�o com seus pares latino-americanos.

Em uma crise migrat�ria, "neste caso de mais de seis milh�es de pessoas que emigraram da Venezuela particularmente, o peso n�o pode ficar restrito a um grupo de pa�ses", opinou, ao se referir a Col�mbia, Peru e Chile.

"Temos que expressar a solidariedade latino-americana, e assim todos os pa�ses da regi�o - Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e tamb�m a Bol�via - t�m um papel a cumprir", acrescentou, ap�s esclarecer que s�o propostas para serem colocadas sobre a mesa em um di�logo multilateral.

- Devagar, sem 'arrog�ncia' -

Boric, que reiterou n�o ter chegado ao poder com o esp�rito de refundar o pa�s, tamb�m destacou a quest�o ambiental e os acordos comerciais e de energia.

"Nosso governo ser� um governo que enfrentar� a crise clim�tica. Vamos avan�ar em uma maior convers�o para energias renov�veis, no uso mais eficiente dos recursos e, tomara, avan�ar at� a transforma��o para um modelo de desenvolvimento que seja compat�vel e sustent�vel com a natureza", disse.

Sobre os tratados comerciais, o novo presidente defendeu uma revis�o e discuss�es entre as partes, mas garantiu que seu governo est� empenhado no "multilateralismo".

"Aqui n�o v�o acontecer revis�es unilaterais de tratados. Respeitamos e vamos respeitar as obriga��es que assumimos. O que temos apontado � que gostar�amos, junto com nossas contrapartes, melhorar alguns aspectos", comentou.

A expectativa na popula��o � alta em rela��o �s quest�es sociais e muitos comparam este momento com o per�odo vivido ap�s a elei��o do socialista Salvador Allende. Boric, no entanto, afirmou que mudan�as profundas requerem tempo e ressaltou que � preciso "agir sem arrog�ncia".

"Eu acredito que n�s estamos construindo sobre os alicerces do que foi feito antes. Portanto, as mudan�as profundas que queremos enfrentar n�o significa partir do zero. Aqui n�o estamos falando de uma refunda��o, � como um enorme transatl�ntico que, quando faz uma curva, se desloca mais devagar [...] por isso � preciso manter bem firme o tim�o", afirmou.


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