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Estado de Minas KIEV

Ataques em Kiev e outras cidades da Ucr�nia antes da retomada das negocia��es


15/03/2022 09:16

As delega��es da R�ssia e da Ucr�nia pretendem retomar nesta ter�a-feira (15) as negocia��es com o objetivo de alcan�ar um cessar-fogo, mas o conflito, iniciado h� 20 dias, � cada vez mais intenso, especialmente em Kiev e sua regi�o, alvos de intensos ataques russos.

Nesta ter�a-feira, o conflito superou a marca de tr�s milh�es de pessoas que fugiram da Ucr�nia desde o in�cio da ofensiva russa, segundo a Organiza��o Internacional para as Migra��es (OIM), uma ag�ncia da ONU.

O n�mero inclui 1,4 milh�o de crian�as, o que significa que atualmente na Ucr�nia um menor de idade vira refugiado quase a cada segundo, afirmou James Elder, porta-voz do Unicef.

Al�m das pessoas que fugiram do pa�s, a guerra tamb�m tem os deslocados internos e as v�timas, imposs�veis de calcular de maneira confi�vel no momento. Nesta ter�a-feira, duas pessoas morreram em um bombardeio que atingiu um edif�cio no distrito de Sviatoshin, na zona oeste da capital, onde 27 pessoas foram resgatadas ilesas. O pr�dio de 15 andares sofreu um inc�ndio, informaram os servi�os de emerg�ncia ucranianos.

"�s 4h20, tudo tremeu com for�a. Levantei, minha filha correu e perguntou: 'Voc� est� viva?'. Mas em um dos quartos n�o conseguimos tirar meu genro e meu neto, ent�o quebramos as portas e eles conseguiram sair", declarou � AFP Lyubov Gura, de 73 anos, que morava no 11� andar.

Diante de uma casa, um cad�ver coberto com uma lona de pl�stico permanecia no ch�o.

Outro edif�cio de nove andares foi atingido no distrito de Podil (noroeste), mais pr�ximo do centro da cidade. Uma pessoa foi atendida e hospitalizada, segundo os servi�os de emerg�ncia.

A explos�o destruiu as janelas de v�rios edif�cios e moradores tentavam retirar os escombros das �reas destru�das do pr�dio.

- Toque de recolher em Kiev -

O prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, anunciou um toque de recolher de 35 horas a partir das 20h00 (15h00 de Bras�lia) desta ter�a-feira, uma decis�o motivada pelo momento especialmente perigoso - metade da popula��o da capital fugiu desde o in�cio da invas�o russa.

A cidade receber� nesta ter�a-feira os primeiros-ministros da Pol�nia, Rep�blica Tcheca e Eslov�nia, que viajam de trem para uma reuni�o com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky e o primeiro-ministro Denys Shmygal.

O objetivo da visita � "reafirmar o apoio inequ�voco do conjunto da Uni�o Europeia (UE) � soberania e independ�ncia da Ucr�nia e apresentar um conjunto de medidas de apoio ao Estado e sociedade ucranianos", afirma um comunicado divulgado pelo governo polon�s.

A visita, a primeira de l�deres estrangeiros a Kiev desde o in�cio da guerra, acontece antes da retomada das conversa��es russo-ucranianas, interrompidas na segunda-feira. O Kremlin afirmou que n�o tem "nenhum progn�stico" sobre o resultado.

As negocia��es acontecem por videoconfer�ncia ap�s tr�s rodadas presenciais em Belarus e uma reuni�o na quinta-feira passada na Turquia entre os ministros das Rela��es Exteriores da R�ssia e da Ucr�nia.

O presidente Zelensky declarou que os russos "come�aram a entender que n�o conseguir�o nada com a guerra".

"Me disseram que (as conversa��es em curso) foram bastante bem", disse o chefe de Estado. "Mas vamos esperar e ver", acrescentou.

O presidente russo Vladimir Putin tamb�m j� mencionou "avan�os" nas negocia��es.

Mas a R�ssia ampliou ao mesmo tempo a ofensiva a todo o pa�s e na segunda-feira o Kremlin mencionou a possibilidade de tomar o "controle total" das principais cidades que j� est�o cercadas.

Desde sexta-feira, os combates alcan�aram o oeste do pa�s. Um ataque na segunda-feira contra uma torre de televis�o perto de Rivne (noroeste) deixou 19 mortos e nove feridos, de acordo com as autoridades locais.

Na grande cidade de Dnipro, leste do pa�s, relativamente intacta at� agora, o aeroporto foi bombardeado nesta ter�a-feira, o que provocou uma "destrui��o maci�a", segundo o prefeito, que n�o mencionou v�timas.

No sul, os russos seguem com a tentativa de tomar Mariupol, uma cidade portu�ria estrat�gica no Mar de Azov, cercada h� v�rios dias.

O Estado-Maior ucraniano afirma que a R�ssia perdeu 150 soldados na ofensiva e se "retirou" da regi�o. N�o foi poss�vel confirmar a informa��o com fontes independentes.

Um comboio de ajuda humanit�ria, que tentava chegar � cidade h� v�rios dias, foi bloqueado novamente na segunda-feira por soldados russos em Berdiansk, a 85 km de Mariupol, segundo as autoridades ucranianas.

Por�m, quase 160 carros conseguiram sair da cidade, onde milhares de moradores est�o refugiados em por�es, sem �gua, energia el�trica, calefa��o ou alimentos.

- Protesto na televis�o -

Na R�ssia, uma mulher, identificada pela ONG OVD-Info como Marina Ovsiannikova, invadiu na segunda-feira � noite o cen�rio de um dos principais telejornais do pa�s com um cartaz em que criticava a ofensiva na Ucr�nia.

"N�o � guerra. N�o acreditem na propaganda. Aqui est�o mentindo para voc�s", afirmava o cartaz. O v�deo do protesto viralizou nas redes sociais e muitas pessoas elogiaram a coragem da funcion�ria da televis�o.

O uso da palavra "guerra" nos meios de comunica��o russos ou por indiv�duos para descrever a interven��o russa na Ucr�nia � punido agora com processos e san��es. As autoridades russas definem a ofensiva na Ucr�nia como "opera��o militar especial".

A quarta s�rie de san��es da UE estava programada para entrar em vigor nesta ter�a-feira, com medidas contra o acesso ao mercado russo de produtos de luxo ou sobre a presen�a do pa�s em institui��es financeiras internacionais.

Em Barcelona (Espanha) o iate de um oligarca russo avaliado em quase 140 milh�es de d�lares foi apreendido na segunda-feira como parte das san��es.

O jornal El Pa�s informou que o iate apreendido foi o "Valerie", que estaria vinculado a Serguei Chemezov, do conglomerado russo da ind�stria de defesa Rostec e aliado do presidente Vladimir Putin.

As san��es aplicadas at� agora j� congelaram quase US$ 300 bilh�es de reservas russas no exterior, o que poderia impedir Moscou de cumprir v�rios pagamentos da d�vida em v�rias divisas em mar�o e abril.

A R�ssia acusou os pa�ses ocidentais de tentarem provocar um default "artificial" com suas san��es.

THE NEW YORK TIMES COMPANY


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