A princ�pio, Moscou havia pedido uma vota��o para esta quarta-feira, de acordo com diplomatas.
"A R�ssia pediu tempo para negociar", declarou um diplomata do ocidente � AFP.
O vice-embaixador russo na ONU, Dmitry Polyanskiy, confirmou que tinha previsto realizar "consultas" nesta quarta-feira. "A vota��o foi adiada para quinta-feira ap�s os pedidos de nossos colegas", completou � AFP, sem dar mais detalhes.
Mais cedo, durante um encontro com a imprensa, o embaixador russo na ONU, Vassily Nebenzia, lamentou que a Fran�a e o M�xico tenham desistido de submeter � vota��o seu projeto de resolu��o sobre ajuda humanit�ria ap�s 15 dias de discuss�es, preferindo solicitar uma vota��o direta na Assembleia Geral das Na��es Unidas.
"Vamos propor nosso pr�prio projeto humanit�rio", disse Vassily Nebenzia. Ele enfatizou que desde o lan�amento, pelo presidente franc�s Emmanuel Macron, de uma resolu��o sobre ajuda humanit�ria, Moscou havia dito que estava pronto para participar de sua poss�vel ado��o.
A R�ssia tamb�m foi clara quanto ao fato de que n�o deveria haver men��o � "pol�tica" neste texto.
Paris e M�xico, pressionados pelos Estados Unidos e pelo Reino Unido, segundo diplomatas, queriam exigir em seu projeto uma "cessa��o das hostilidades", men��o considerada "pol�tica" por Moscou.
Tendo em vista o projeto proposto pela R�ssia, parece improv�vel que o texto receba o m�nimo exigido de 9 votos favor�veis em 15, sem que um dos cinco membros permanentes do Conselho (Estados Unidos, China, Fran�a e Reino Unido, al�m da R�ssia) recorra ao veto.
N�o houve "discuss�o do texto russo" antes da R�ssia formalizar seu pedido de que o Conselho de Seguran�a votasse seu projeto, disse um diplomata � AFP sob condi��o de anonimato.
- Vota��o-chave -
O texto russo, ao qual a AFP teve acesso, expressa a "profunda preocupa��o" do Conselho de Seguran�a "com relatos de v�timas civis, incluindo crian�as, dentro e ao redor da Ucr�nia".
Tamb�m exige que "os civis, incluindo o pessoal humanit�rio e as pessoas em situa��es vulner�veis, incluindo mulheres e crian�as, sejam totalmente protegidos".
O projeto de lei incorpora v�rias ideias e princ�pios desenvolvidos pela Fran�a e pelo M�xico em sua pr�pria resolu��o, mas n�o uma exig�ncia de "cessa��o das hostilidades".
No pre�mbulo do texto russo, um par�grafo fala de um "cessar-fogo", mas apenas para evacuar os civis.
O texto, que "n�o pede o fim imediato das hostilidades", � "uma piada", reagiu um diplomata ocidental an�nimo, enquanto a embaixadora brit�nica na ONU, Barbara Woodward, denunciou no Twitter um rascunho que n�o especifica que o crise humanit�ria foi causada pela invas�o russa.
Ainda n�o foi definida uma data para a vota��o na Assembleia Geral do texto produzido pela Fran�a e pelo M�xico.
Apesar da urg�ncia sublinhada por Paris nesta ter�a-feira, e a menos que o processo seja acelerado, o texto pode n�o ser votado at� a pr�xima semana, segundo diplomatas.
Em 2 de mar�o, a Assembleia aprovou por maioria esmagadora um texto condenando a R�ssia por sua invas�o da Ucr�nia em 24 de fevereiro. A resolu��o recebeu 141 votos, com 5 pa�ses votando contra e 35 absten��es.
De acordo com um diplomata, "seria um milagre" que uma nova resolu��o recebesse a mesma vota��o hist�rica.
NA��ES UNIDAS