No hospital Al Sadaqa, a menina de cinco anos, que faz tratamento para leucemia h� dois meses, mant�m seus brinquedos perto de si. No pa�s mais pobre da Pen�nsula Ar�bica, atolado em uma das piores crises humanit�rias do mundo, sua fam�lia depende de instala��es de sa�de p�blica, que est�o em p�ssimas condi��es.
"N�o pod�amos escolher", declarou sua m�e, Anissa Nasser, � AFP. "Quer�amos mand�-la para o exterior para cur�-la", mas n�o t�m meios.
O estabelecimento p�blico oferece sess�es gratuitas de quimioterapia, mas a fam�lia de Amina tem que conseguir os rem�dios necess�rios e fazer os exames em outros centros.
Aden se tornou a capital tempor�ria do I�men, onde o governo se estabeleceu ap�s ser expulso de Sanaa em 2014 pelos rebeldes huthis, apoiados pelo Ir�. Uma coaliz�o militar, liderada por Riade, interv�m desde 2015 para apoiar as for�as do governo.
Os combates deixaram centenas de milhares de mortes e milh�es de pessoas deslocadas. Uma grande parte dos 30 milh�es de habitantes do I�men enfrenta fome e doen�as.
- "Diferen�a" -
Em Aden, os hospitais p�blicos sofrem com a falta de material e de pessoal. M�dicos e enfermeiros preferem trabalhar em cl�nicas privadas ou organiza��es internacionais por sal�rios melhores.
Apoiado pela Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS) e pelo Fundo das Na��es Unidas para a Inf�ncia (Unicef), o servi�o de desnutri��o do hospital Al Sadaqa parece estar em melhor estado.
Organiza��es internacionais ajudam algumas unidades do hospital, pagando eletricidade ou concedendo pr�mios para a equipe m�dica. Com a covid-19, o estabelecimento teve que obter or�amentos para outros servi�os.
A diretora geral do hospital, Kafaya Al Jazei, reconhece uma esp�cie de "diferen�a entre os v�rios servi�os". Se em um departamento "h� o apoio de uma organiza��o internacional, todos os funcion�rios v�o querer trabalhar l� para melhorar suas condi��es de vida", admite � AFP.
Em um relat�rio de 2021, o Banco Mundial estimou que apenas metade das unidades de sa�de do I�men estavam totalmente operacionais. Mais de 80% da popula��o ainda enfrenta grandes dificuldades de acesso a alimentos, �gua pot�vel e servi�os de sa�de.
Na entrada do Al Jumhuria, outro hospital p�blico em Aden, uma placa lembra que a rainha Elizabeth II iniciou a constru��o.
Atualmente, a equipe protesta para denunciar o estado "deplor�vel" do estabelecimento, nas palavras de seu chefe interino, Dr. Salem Al Shabhi.
Devido � falta de m�dicos de cl�nica geral no hospital, "os alunos da Faculdade de Medicina s�o contratados e trabalham por 10 mil riais (cerca de nove d�lares) por dia", explica.
ADEM