A nova pesquisa foi apresentada em uma reuni�o da Sociedade Qu�mica dos Estados Unidos e oferece uma alternativa aos produtos qu�micos sint�ticos que s�o usados atualmente nas usinas de tratamento de �gua, que podem trazer riscos � sa�de.
"Com o objetivo de avan�ar e remover micropl�sticos, ou outro tipo de material, devemos usar componentes naturais n�o t�xicos", afirmou a pesquisadora principal Rajani Srinivasan, da universidade de Tarleton State, em um v�deo explicativo.
O quiabo � usado como um agente redutor em diversos pratos, como no Gumbo, um tipo de guisado do estado da Louisiana, no sul dos EUA. Tamb�m � um ingrediente b�sico na cozinha do sul da �sia, onde se chama "bhindi". No Brasil, � amplamente difundido, com destaque para as culin�rias mineira e baiana.
Em uma pesquisa anterior, Srinivasan examinou como a subst�ncia pegajosa do quiabo e de outras plantas poderia remover os poluentes de origem t�xtil da �gua e, inclusive, microrganismos. Agora, ela queria experimentar o mesmo m�todo com os micropl�sticos.
Est� comprovado que a ingest�o de micropl�sticos, de cinco mil�metros ou menos, provoca danos aos peixes em muitos aspectos, desde problemas nos sistemas reprodutivos, at� atrofia de crescimento e danos no f�gado.
Al�m disso, teme-se que os micropl�sticos possam ter impactos negativos nos seres humanos, pois podem se tornar cancer�genos ou mutag�nicos, o que significa que podem, potencialmente, aumentar o risco de c�ncer e de muta��es do DNA. Contudo, ainda � necess�rio fazer mais pesquisas nesse sentido.
De maneira geral, as usinas de tratamento de �guas residuais removem os micropl�sticos em duas etapas.
Na primeira, eles s�o filtrados da superf�cie da �gua, mas isso s� remove uma pequena parte. O restante � retirado com produtos qu�micos, que aglutinam as part�culas em grupos maiores que se fundem na �gua e podem ser separados.
O problema com esses produtos, como a poliacrilamida, � que eles podem se degradar em outros compostos t�xicos.
Por isso, Srinivasan e seus colegas continuam pesquisando como se comportam alguns extratos de plantas que podem ser conseguidas em supermercados, como o quiabo, a babosa, e alguns tipos de cactos.
Os pesquisadores experimentaram com cadeias de carboidratos conhecidas como polissacar�deos, provenientes destas plantas, separadamente, mas tamb�m em combina��o com outras, em diferentes amostras de �gua contaminada, observando no microsc�pio o antes e o depois para determinar o n�vel de remo��o de part�culas na �gua.
Srinivasan espera aumentar a escala e comercializar o processo, permitindo acesso mais amplo � �gua pot�vel, limpa e segura.
A fonte dos micropl�sticos est� na produ��o estimada de aproximadamente 8 bilh�es de toneladas de pl�stico no mundo desde os anos 1950, dos quais menos de 10% foram reciclados.
WASHINGTON