Atividade da zona do euro desacelera devido � guerra na Ucr�nia, diz estudo

A atividade do setor privado na zona do euro desacelerou em mar�o, ap�s um aumento generalizado nos pre�os e a perspectiva de uma desacelera��o na recupera��o econ�mica do bloco devido � guerra na Ucr�nia, de acordo com a pesquisa PMI divulgada nesta quinta-feira (24).

O �ndice PMI, da consultoria IHS Markit e estimado a partir de consultas com empresas, caiu para 54,4 pontos, ap�s ter atingido 55,5 em fevereiro.

Nesse indicador, um n�mero maior que 50 indica crescimento, se ficar abaixo desse limite indica contra��o da atividade.

Este resultado destaca "as consequ�ncias concretas e imediatas da guerra na Ucr�nia sobre a situa��o econ�mica da zona do euro e destaca os riscos de contra��o", disse o economista-chefe da S&P; Global, Chris Williamson.

A economia da zona da moeda comum se beneficia da elimina��o gradual das restri��es sanit�rias ligadas � pandemia de coronav�rus, medidas que tiveram um grande impacto na atividade econ�mica.

Sem essa flexibiliza��o gradual das restri��es, a desacelera��o do crescimento em mar�o "teria sido significativamente mais pronunciada", apontou Williamson.

A consequ�ncia mais �bvia da guerra na Ucr�nia � a disparada dos pre�os, especialmente os pre�os da energia.

Em seu �ltimo relat�rio com previs�es de crescimento econ�mico na zona do euro este ano, a Comiss�o Europeia havia reduzido ligeiramente suas expectativas para 2022, para 4%.

No entanto, o comiss�rio europeu para a Economia, Paolo Gentiloni, j� anunciou que essa expectativa seria novamente modificada para baixo em seu relat�rio programado para a primavera boreal.

Segundo Gentiloni, a invas�o russa da Ucr�nia n�o causar� um "descarrilamento" da expans�o comercial europeia p�s-pandemia, mas a "enfraquecer�".

Al�m disso, a zona do euro vive um aumento gradual, mas constante, da infla��o, que encerrou fevereiro com uma taxa anual de 5,8%, a mais elevada de toda a s�rie hist�rica, iniciada em 1997.

Jack Allen-Reynolds, economista da consultoria Capital Economics, disse nesta quinta-feira que o resultado do �ndice PMI "confirma nossa opini�o de crescimento mais lento do que o esperado este ano", que ele estima ser de 2,8%.

Em rela��o � infla��o em 2022, Allen-Reynolds prev� que feche em 6%.