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Estado de Minas PARIS

A fragilidade da �gua vista pelo fot�grafo Sebasti�o Salgado


30/03/2022 09:07

Floresta prim�ria, deserto, mar, cachoeiras: suas fotos da �gua, vital e fr�gil, pedem o fim da nossa "destrui��o maci�a" do planeta em prol do "equil�brio", diz � AFP o fot�grafo brasileiro Sebasti�o Salgado, por ocasi�o de uma nova exposi��o em Paris, "Aqua Mater" (M�e �gua).

Cerca de quarenta fotos s�o exibidas por alguns dias no cora��o de um enorme pavilh�o de bambu de 1.000 m2, inspirado nas "malocas" dos ind�genas da Amaz�nia e constru�do pelo arquiteto colombiano Simon V�l�z, no bairro empresarial de La D�fense.

Em preto e branco e em grande formato, v�m das in�meras viagens do fot�grafo pelo planeta, da Amaz�nia � Isl�ndia, do �rtico ao Saara, e convidam o p�blico a um "salto espa�o-temporal" no cora��o da natureza interagindo com os humanos e o reino animal.

No bairro empresarial, "selva de cimento, vidro e a�o, este pavilh�o ganha toda a sua dimens�o: feito de fibras naturais, assemelha-se a todas as constru��es tradicionais da hist�ria da humanidade, enquanto tudo � sua volta � artificial, as janelas n�o se abrem, tem que aquecer no inverno, esfriar no ver�o, tudo � caro e voc� gasta energia demais", comenta o fot�grafo de 78 anos.

"As imagens (suas fotos) no interior representam a ess�ncia da vida, a �gua que nasce das florestas (...) Contam a hist�ria da �gua em abund�ncia e aquela que falta para aqueles que vivem em campos de refugiados, no deserto", acrescenta.

O todo � "um manifesto", observa Simon V�ld�z.

- Guadua da Amaz�nia -

De longe, o pavilh�o parece um enorme telhado de colmo, resistente � chuva, com uma complexa estrutura que evoca certos aparelhamentos antigos ou a geometria de uma catedral.

Foi constru�do em "guadua", um bambu gigante da zona mais �mida do nosso planeta e que necessita de muito pouca �gua para crescer.

"Os estoques de bambu v�m da Col�mbia e foram transportados de barco", sublinha o arquiteto, questionado sobre o impacto "pouco ecol�gico".

Para Sebasti�o Salgado, este pavilh�o "leva a uma grande reflex�o sobre a natureza" e "sobre as op��es que escolhemos para a nossa sociedade".

"Estamos vivendo um momento dif�cil, a grande maioria da humanidade vive em cidades, nos afastamos muito do nosso planeta que usamos excessivamente".

"Estamos destruindo grande parte das florestas, uma quantidade muito grande de mananciais", lamenta.

A foto de uma on�a bebendo na beira de um rio convive com a de uma baleia "s�mbolo da biodiversidade, em perigo de extin��o", lamenta.

"Se olharmos para a hist�ria da humanidade, do homo sapiens, � uma hist�ria de destrui��o massiva da biodiversidade e da natureza desde que se organizou em comunidade", acrescenta.

"Reconstruir parte dessa biodiversidade destru�da, restaurando ecologicamente as florestas com o plantio de esp�cies nativas de �rvores, n�o monoculturas", para reparar "uma natureza que precisamos", � uma "necessidade", diz.

"No entanto, houve uma conscientiza��o recente, talvez desde 20 ou 30 anos". A partir da�, � "mudar de rumo" e encontrar "equil�brio".


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