A Sele��o chega com moral � Copa do Mundo, que come�ar� em novembro, gra�as a uma campanha repleta de recordes nas Eliminat�rias Sul-Americanas e todo um arsenal de marcas superadas para voltar a ser campe� mundial depois de 20 anos.
O �ltimo tabu quebrado foi na vit�ria de ontem sobre a Bol�via em La paz, algo que n�o acontecia desde a final da Copa Am�rica de 1997. Nas Eliminat�rias, os brasileiros tinham vencido pela �ltima vez na capital boliviana em 1985.
"Foi uma atua��o linear de primeiro e segundo tempo, com n�meros que confirmam", comentou Tite em entrevista coletiva ap�s a partida.
O resultado, inclusive, leva a Sele��o Brasileira � lideran�a do ranking da Fifa, ocupada pela B�lgica desde setembro de 2018.
O Brasil tamb�m se tornou recordista de pontos nas Eliminat�rias Sul-Americanas (45), dois a mais que os obtidos pela Argentina de Marcelo Bielsa no caminho rumo � Copa da Coreia do Sul-Jap�o em 2002.
Al�m disso, foi a primeira vez que conseguiu tr�s vit�rias consecutivas por 4 a 0 (Paraguai, Chile e Bol�via). E ainda h� espa�o para mais recordes, dependendo do resultado do jogo suspenso contra a Argentina, que ser� remarcado.
- "Campanha fant�stica" -
O Brasil pode ser a primeira sele��o a terminar invicta (14 vit�rias e tr�s empates), a ter a defesa menos vazada e o melhor ataque desde que as Eliminat�rias s�o jogadas no formato de turno e returno, estabelecido para a Copa do Mundo de 1998.
At� agora, s�o 40 gols marcados e cinco sofridos. O atual recorde defensivo � da pr�pria Sele��o (11 gols sofridos) nas Eliminat�rias de 2010 e 2018, enquanto o ataque mais positivo da hist�ria da competi��o � da Argentina de Bielsa (42 gols).
"Esse tipo de recorde n�s comemoramos quando conquistamos, mas n�o � algo que colocamos como meta. O primeiro objetivo � classificar para a Copa, para isso tem que pensar jogo a jogo", explicou o goleiro Alisson.
"Dessa forma, fomos construindo nossa campanha fant�stica. Nosso foco agora est� na Copa do Mundo", acrescentou o jogador.
� lista de feitos devemos adicionar outras marcas atingidas, como as nove vit�rias seguidas no in�cio da competi��o e Neymar superando Rom�rio e Zico como maior artilheiro do Brasil nas Eliminat�rias (14 gols).
Grande defensor do atacante, Tite soube blindar a equipe das frequentes aus�ncias do camisa 10.
Com titulares ou reservas, a Sele��o teve praticamente o mesmo desempenho. O �nico rev�s no caminho at� a Copa do Catar foi a derrota para a Argentina de Lionel Messi na final da Copa Am�rica de 2021, no Maracan�.
Contra a Bol�via, onde teve as aus�ncias de Neymar e Vin�cius J�nior (suspensos), Tite fez sete mudan�as em rela��o � equipe que foi titular contra o Chile, seguindo uma estrat�gia de rod�zio que praticou ao longo da competi��o.
"Consolida��o, crescimento, manuten��o. Uma equipe que mudou as suas forma��es iniciais, hoje come�ou com sete modifica��es e mant�m um padr�o. Isso � significativo", destacou o treinador, que deixar� o comando da Sele��o depois da Copa do Mundo.
Aos 60 anos, Tite s� perdeu dois jogos oficiais desde que assumiu o Brasil, em junho de 2016: 1 a 0 para a Argentina na final da Copa Am�rica no ano passado e 2 a 1 para a B�lgica nas quartas de final da Copa do Mundo de 2018.
S�O PAULO