L�pez Obrador disse que, em contraposi��o a essa fantasia, seu governo trata "abertamente" da cara mais nefasta do narcotr�fico: a morte de jovens por consumo de drogas sint�ticas.
"� tudo manipulado nas s�ries da Netflix, onde se pintam mundos cor de rosa, gangues de (...) narcotraficantes, com atores, homens, mulheres lindas, resid�ncias, carros novos, joias, roupas de marca, poder", declarou em sua coletiva de imprensa habitual.
O presidente de esquerda tamb�m criticou a maneira como essas produ��es retratam a submiss�o das autoridades �s m�fias.
Em seu cat�logo, a Netflix tem dezenas de filmes, s�ries e document�rios sobre o tr�fico de drogas. V�rios est�o entre os mais populares, como "A Rainha do Sul", "Senhor dos C�us" e "As Bonecas da M�fia".
"N�o h� nada que provoque tanto sofrimento, destrui��o, sobretudo de jovens. E estamos falando de milhares de mortes. Nos Estados Unidos � um problema grave", afirmou o governante durante a coletiva em que foi apresentado um relat�rio sobre o avan�o do consumo e o tr�fico de drogas no M�xico.
Em ocasi�es anteriores, L�pez Obrador disse que n�o era a favor de proibir conte�dos desse tipo, como tentaram sem sucesso legisladores, mas sim de que tenham uma vis�o mais cr�tica.
O M�xico vive uma espiral de viol�ncia que j� deixou cerca de 340 mil mortos desde 2006, quando foi lan�ada uma opera��o militar antidrogas. Segundo o presidente, 75% desses homic�dios est�o ligados ao com�rcio de alucin�genos.
A criminalidade alcan�ou em 2017 um produtor independente que buscava loca��es para a 4� temporada de "Narcos". Ele foi assassinado a tiros em uma zona rural do estado do M�xico.
Outras express�es como os ""arcocorridos", m�sicas que relatam a vida dos grandes chefes do narcotr�fico, tamb�m acabaram na mira das autoridades.
Em Sinaloa, no noroeste do pa�s, ber�o da maioria dos "capos" mexicanos e onde surgiu a chamada "narcocultura", est� proibida a difus�o desses temas em meios de comunica��o e locais p�blicos.
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