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Estado de Minas BUDAPESTE

Viktor Orban garante quarto mandato ap�s vencer elei��es na Hungria

Orban votou ao lado da esposa, Aniko Levai, durante a manh� em uma escola do sub�rbio de Budapeste, e havia prometido uma 'grande vit�ria'


03/04/2022 20:07 - atualizado 03/04/2022 20:07

Viktor Orban
A taxa de participa��o se aproximou da mobiliza��o recorde das elei��es de 2018 (foto: Attila KISBENEDEK / AFP )
O primeiro-ministro nacionalista Viktor Orban obteve neste domingo (3) um quarto mandato consecutivo com muito mais facilidade do que o esperado, nas elei��es legislativas na Hungria afetadas pela guerra na Ucr�nia.

Para enfrentar o primeiro-ministro, a oposi��o formou uma alian�a in�dita de seis partidos, com o objetivo declarado de derrotar o governante, que chamam de "autorit�rio", de 58 anos.

Os analistas haviam prognosticado uma batalha parelha, mas, de acordo com os resultados parciais, o partido no poder, o Fidesz, obteve 54,24% dos votos ap�s a apura��o de 77% das urnas, contra 33,92% para a oposi��o, segundo o Gabinete Eleitoral Nacional.

A taxa de participa��o se aproximou da mobiliza��o recorde das elei��es de 2018.

"Conseguimos uma vit�ria excepcional, uma vit�ria t�o grande que provavelmente pode ser vista da lua, e certamente de Bruxelas", declarou Orban em um breve discurso ap�s a publica��o dos resultados parciais oficiais.

Orban votou ao lado da esposa, Aniko Levai, durante a manh� em uma escola do sub�rbio de Budapeste, e havia prometido uma "grande vit�ria".

- "Arruinaram o pa�s" -

O l�der da oposi��o, Peter Marki-Zay, de 49 anos, ainda n�o se pronunciou sobre o resultado da elei��o.

Marki-Zay, conhecido como MZP, denunciou as "condi��es injustas e imposs�veis" destinadas a permitir que seu rival "permane�a eternamente no poder", citando por exemplo que mal teve direito a cinco minutos na televis�o p�blica, que como outros meios de comunica��o oficiais segue a linha de Orban.

Apelidado de MZP, o opositor votou com seus sete filhos depois de assistir � missa em sua cidade de Hodmezovasarhely (sudeste) e denunciou as "condi��es injustas e imposs�veis" destinadas a permitir que seu rival "permane�a no poder para sempre".

O pol�tico citou, por exemplo, que mal teve direito a cinco minutos na televis�o p�blica, que, como outros meios oficiais, se curvou a Orban.

"O poder da imprensa pr�-governo � muito importante, n�o acho que vamos vencer", disse Flora Arpad, uma estudante de 19 anos que votou pela primeira vez.

Na coaliz�o de oposi��o, alguns, como o vice-presidente da Jobbik, Marto Gyongyosi, denunciaram "irregularidades" na elei��o.

Acusado pela Comiss�o Europeia de m�ltiplos ataques ao Estado de direito, Orban silenciou a justi�a e a m�dia por tr�s mandatos consecutivos, ao mesmo tempo em que promove uma vis�o ultraconservadora da sociedade.

Pela primeira vez, mais de 200 observadores internacionais assistiram �s elei��es. Cada lado tamb�m enviou muitos volunt�rios.

Entre os apoiadores do Fidesz, o partido no poder, Zsuzsa Alanyi, decoradora de 44 anos e m�e de quatro filhos, destacou a "redu��es de impostos" e a "ajuda" �s fam�lias.

Por outro lado, para Agnes Kunyik, 56, Orban e seu partido "arruinaram nosso pa�s, destru�ram-no". "Queremos ficar na Europa, queremos um Estado democr�tico com l�deres racionais", disse � AFP.

- "A guerra mudou tudo" -

MZP percorreu nas �ltimas semanas as �reas com indecisos para ouvir os eleitores, com a esperan�a de derrotar a "propaganda" do governo.

O conflito na vizinha Ucr�nia, por�m, mudou de maneira brutal o cen�rio da elei��o.

"A guerra explodiu e a guerra mudou tudo", resumiu o primeiro-ministro na sexta-feira, durante um com�cio, o �nico de sua campanha.

"Paz contra guerra", a equa��o � simples na sua vis�o.

De um lado, um governo que se nega a fornecer armas � Ucr�nia e adotar san��es que privariam a Hungria dos preciosos petr�leo e g�s russos. Do outro, uma oposi��o que seria beligerante.

Apesar de insistir com este discurso, a proximidade cultivada desde 2010 com o "agressor" Vladimir Putin pode jogar contra Orban, afirma Pulai.

Al�m da elei��o dos deputados, os h�ngaros tamb�m foram convocados a responder a quatro perguntas vinculadas � recente lei anti-LGBT+, que pro�be falar aos menores de 18 anos sobre "mudan�a de sexo e homossexualidade".


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