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Estado de Minas LIMA

Militares patrulham ruas quase vazias em Lima, sob toque de recolher


05/04/2022 17:40

Militares e policiais patrulhavam nesta ter�a-feira (5) as ruas quase vazias de Lima, fazendo cumprir um toque de recolher diurno decretado pelo governo do presidente de esquerda Pedro Castillo para conter protestos contra a alta de pre�os.

Os com�rcios foram fechados, as aulas suspensas e o transporte p�blico quase n�o circulava na capital e no porto vizinho de Callao, onde vivem 10 milh�es de pessoas.

Os habitantes foram surpreendidos pela medida, anunciada na televis�o � meia-noite de segunda-feira por Castillo, ap�s dist�rbios pontuais na capital e mais graves nas prov�ncias.

O presidente alegou que a ordem que vigora at� �s 23h59 (locais)deve "proteger a seguran�a" da popula��o "diante de atos de viol�ncia tentados por alguns grupos".

"Tivemos a informa��o de que hoje seriam organizados atos de vandalismo. Por essa raz�o, tomamos essa medida", disse o ministro da Defesa, Jos� Gavidia.

Castillo se reuniria �s 15h locais (17h em Bras�lia) com l�deres do Congresso para "analisar as propostas e medidas necess�rias para encontrar uma solu��o para a crise que assola o pa�s", segundo uma nota do Parlamento.

O toque de recolher, que provocou rep�dio nas redes sociais, n�o foi respeitado por muitos moradores de Lima que seguiram para seus trabalhos sem serem interrompidos por militares ou policiais. O maior problema foi a falta de transporte p�blico.

No entanto, boa parte da popula��o trabalha na informalidade e uma medida como esta impede muitos de conseguir seu sustento.

"Foi uma medida improvisada", reclamou � AFP Cinthya Rojas, nutricionista de um hospital, que esperava condu��o em um ponto de �nibus.

No bairro tur�stico de Miraflores muitos chegaram a seus locais de trabalho pagando carros particulares ou caminhando.

Uma camareira do Hotel Selina pagou 30 soles (oito d�lares) para chegar ao trabalho desde sua casa na Villa El Salvador, extremo-sul da cidade.

Alguns conseguiram usar o trem urbano, que atravessa a cidade de norte a sul, por�m longe da costa, mas suas opera��es foram suspensas durante a manh� por "instru��es do Minist�rio de Transportes".

Alguns turistas tiveram dificuldades para comprar alimentos porque todos os restaurantes e supermercados estavam fechados.

Ao meio-dia, panela�os foram ouvidos em Miraflores, San Isidro e outras regi�es de Lima.

Os servi�os de �nibus intermunicipais foram suspensos, mas voos dom�sticos e internacionais operavam normalmente no aeroporto Jorge Ch�vez, informou sua concession�ria.

Algumas cidades mantiveram os protestos e bloqueios nas ruas.

- Partida do Flamengo incerta -

Um jogo de futebol da Copa Libertadores entre o peruano Sporting Cristal e o Flamengo, programado com p�blico para esta ter�a-feira � noite no Est�dio Nacional de Lima, est� incerto.

"Estamos � espera do que a Conmebol vai dizer, mas o que sabemos � que o governo disse que o jogo n�o deve acontecer", disse � AFP a gerente de comunica��es do Sporting Cristal, Romina Antoniazzi.

O toque de recolher foi decretado na sequ�ncia dos protestos na segunda-feira em v�rias cidades peruanas pelas altas nos pre�os dos combust�veis e alimentos, a primeira paralisa��o enfrentada pelo governo de Castillo, no poder h� oito meses.

Manifestantes e a pol�cia entraram em confrontos, barricadas foram levantadas e lojas saqueadas.

Para acalmar os �nimos, no fim de semana o governo chegou a cortar impostos de combust�veis e decretou um aumento de 10% de sal�rio m�nimo, que subir� a 1.025 soles (277 d�lares) a partir de primeiro de maio.

Mas o sindicato CGTP, o principal do pa�s, considerou insuficiente o aumento e convocou seus afiliados para uma marcha.

- Rep�dio -

O an�ncio do toque de recolher chegou uma semana depois que Castillo, um professor rural de 52 anos, se livrou de uma destitui��o pelo Congresso, onde os opositores radicais o acusam de "falta de rumo" e de permitir a corrup��o em seu entorno.

Tamb�m coincidiu com o 30� anivers�rio do autogolpe de Estado perpetrado pelo atualmente preso ex-presidente Alberto Fujimori, em 5 de abril de 1992.

Mesmo os setores mais pr�ximos criticaram o toque de recolher. A ex-candidata presidencial de esquerda Ver�nika Mendoza cujo partido colaborou com Castillo, expressou "total rep�dio a esta medida arbitr�ria e desproporcional".

A desaprova��o a Castillo alcan�a 66%, segundo una pesquisa da Ipsos em mar�o.

IPSOS


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