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Estado de Minas LIMA

Castillo suspende toque de recolher em Lima ap�s di�logo com o Congresso


05/04/2022 21:24

O presidente do Peru, Pedro Castillo, anunciou na tarde desta ter�a-feira (5) o fim antecipado do toque de recolher diurno que havia decretado em Lima e no vizinho porto de Callao para conter os protestos.

"A partir deste momento, vamos tornar sem efeito esta imobilidade [toque de recolher]. Corresponde pedir tranquilidade ao povo peruano", disse Castillo sentado ao lado da presidente do Congresso, a opositora Mar�a del Carmen Alva.

O fim do toque de recolher foi recebido com vivas por centenas de manifestantes reunidos perto do edif�cio do Congresso e em outras partes de Lima, afirmando que tinham dobrado o presidente, observaram jornalistas da AFP.

"O presidente Castillo anuncia que a imobilidade est� suspensa. O povo conseguiu!", tuitou Alva.

Patrulhas militares e policiais vigiavam nesta ter�a ruas semi-desertas de Lima, fazendo cumprir o toque de recolher diurno decretado por Castillo para conter os protestos pela alta de pre�os. A medida excepcional, que devia durar at� a meia-noite de ter�a, foi rejeitada por amplos setores da popula��o, incluindo l�deres da esquerda.

"As medidas tomadas, como as que foram adotadas ontem [segunda-feira], n�o s�o para ir contra o povo, mas para resguardar a vida dos compatriotas", afirmou Castillo, que enfrentou o primeiro protesto em seus oito meses de mandato.

As lojas estavam fechadas, as aulas suspensas, aulas suspensas e o transporte p�blico era quase ausente na capital e no vizinho porto de Callao, onde vivem 10 milh�es de pessoas, quase um ter�o da popula��o peruana.

Os limenhos foram surpreendidos pela ordem de imobiliza��o, anunciada pela televis�o por volta da meia-noite por Castillo, pois os dist�rbios desse dia tinham se concentrado e os mais graves ocorreram em prov�ncias, n�o na capital.

"Havia informa��o de fonte reservada que hoje poderia ocorrer atos de vandalismo. Essa � a raz�o pela que tomamos esta medida", justificou o ministro da Defesa, Jos� Gavidia.

Com cartazes com a frase "Fora Castillo" e fazendo panela�os, os manifestantes opositores se reuniram perto do Congresso, na pra�a San Mart�n, no centro, e em outros pontos da cidade.

"Estamos marchando contra as medidas de Castillo. O povo sem trabalho, com toque de recolher, estamos fartos. Esse senhor deve ir para casa", disse � AFP Nelson del Carpio, um homem de meia idade que exibia uma bandeira peruana.

A pol�cia e os militares n�o impediram as marchas de protesto, mas se limitaram a bloquear os acessos que levam � sede do Congresso.

O toque de recolher tampouco foi respeitado na manh� por muitos limenhos, que foram a seus locais de trabalho. O problema era a falta de transporte p�blico.

Alguns turistas tinham dificuldades para comprar alimentos na cidade, pois todos os restaurantes e supermercados permaneciam fechados.

Os servi�os de �nibus interestaduais foram suspensos, mas os voos dom�sticos e internacionais operavam com normalidade no aeroporto Jorge Ch�vez, disse sua concession�ria.

Em outras cidades foram registrados protestos e bloqueios eram mantidos em algumas vias.

- Jogo do Flamengo confirmado -

Um jogo de futebol da Copa Libertadores entre o peruano Sporting Cristal e o Flamengo, programado com p�blico para esta ter�a-feira � noite no Est�dio Nacional de Lima, chegou a ficar em d�vida, mas a Conmebol anunciou pelo Instagram que ser� disputado.

A Conmebol informou que a partida come�ar� �s 20h locais (22h de Bras�lia), meia hora depois do previsto, mas n�o esclareceu de imediato se haver� ou n�o p�blico.

O toque de recolher seguiu-se aos protestos de segunda-feira em v�rias �reas do Peru pelo aumento dos pre�os dos combust�veis e dos alimentos.

Em uma tentativa de apaziguar as reivindica��es, o governo eliminou no fim de semana o imposto sobre os combust�veis e decretou um aumento de 10% sobre o sal�rio m�nimo, que chegar� a 1.025 soles (US$ 277) a partir de 1� de maio.

Mas a central sindical CGTP, a principal do pa�s, considerou insuficiente o aumento e pediu que seus filiados protestem na quinta-feira.

- Rep�dio -

Castillo, um professor rural de 52 anos, anunciou o toque de recolher uma semana depois de evitar um processo de afastamento pelo Congresso, onde os opositores o acusam de "falta de rumo" no governo e de permitir a corrup��o em seu entorno.

Tamb�m coincidiu com o 30� anivers�rio do autogolpe de Estado realizado pelo agora preso ex-presidente Alberto Fujimori, em 5 de abril de 1992.

A desaprova��o de Castillo chega a 66%, segundo pesquisa do instituto Ipsos em mar�o.


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