Como era esperado, o comit�-executivo da entidade mudou as regras or�ament�rias implementadas em 2010 para manter lucrativo o futebol europeu, no qual muitas vezes as ambi��es esportivas se sobrep�em ao rigor financeiro.
"A principal inova��o ser� a introdu��o de um controle de gastos das equipes", que se dar� progressivamente para evitar o aumento elevado de sal�rios, explicou o presidente da Uefa, Aleksander Ceferin.
A nova regra admite um d�ficit maior em um per�odo de tr�s ano para cada clube. O valor passa de 60 milh�es de euros para 90 milh�es de euros.
Paralelamente, a Uefa introduz uma forma muito esperada de "teto salarial", regra comum nas franquias esportivas dos Estados Unidos, mas que era considerada imposs�vel de aplicar de maneira uniforme para 55 federa��es com legisla��es diferentes.
Especificamente, os clubes dever�o limitar os sal�rios de seus jogadores e treinadores, os gastos com contrata��es e as comiss�es de empres�rios a 70% de suas receitas a partir da temporada
- Multas e san��es esportivas -
Se o prazo est� t�o distante � porque os contratos em vigor terminam em aproximadamente tr�s anos, obrigando uma implementa��o progressiva das novas regras: 90% das receitas em e 80% em
"Antes da pandemia, a propor��o m�dia estava abaixo dos 70% e a maioria dos clubes conseguia, portanto, respeitar o limite", explicou o diretor de sustentabilidade financeira da Uefa, Andrea Traverso.
Depois de reduzir em 7 bilh�es de euros as receitas do futebol europeu nas �ltimas duas temporadas, e sem ajustes nas folhas salariais, a crise sanit�ria elevou esse n�mero a 90%, embora uma queda seja esperada com a volta do p�blico aos est�dios.
Os clubes que n�o respeitarem essas regras poder�o receber multas previamente estabelecidas, de acordo com o valor gasto acima do permitido, que ser�o divididas entre os clubes cumpridores.
Por outro lado, para as infra��es graves ou em casos de reincid�ncia, a Uefa prev� aplicar san��es esportivas: "proibi��o de utilizar um jogador em espec�fico adquirido no mercado, limita��o do n�mero de jogadores no elenco ou retirada de pontos.
O rebaixamento de uma competi��o para outra, como por exemplo da Liga dos Campe�es para a Liga Europa, "ainda est� sendo discutido".
- Equil�brio esportivo -
Enquanto poucas equipes monopolizam os grandes trof�us, Traverso defende que melhorar o equil�brio esportivo "n�o passa unicamente por medidas financeiras".
As novas regras far�o parte da batalha entre os clubes hist�ricos e as novas equipes com recursos ilimitados, sobretudo porque a redu��o progressiva do teto salarial permitir� a estes �ltimos incendiar o mercado durante mais duas temporadas.
Inclusive quando a regra dos 70% entrar em vigor, os lit�gios anteriores sobre este assunto no Paris Saint-Germain e no Manchester City mostraram a capacidade dessas equipes de inflar as receitas gra�as ao patroc�nio de empresas pr�ximas aos Estados que possuem as equipes, driblando facilmente qualquer controle.
No caso contr�rio, os clubes tradicionais que vivem problemas financeiros, como � o caso do Barcelona e da Juventus, podem ter suas ambi��es esportivas limitadas pela obriga��o de reduzir suas d�vidas.
Agora que a Uefa deu forma a suas novas normas or�ament�rias depois de meses de an�lise, "abriremos um novo cap�tulo e passaremos a outras medidas", prometeu Andrea Traverso, anunciando um trabalho "muito, muito complexo".
NYON