Karim Khan, o promotor do Tribunal com sede em Haia, vai se reunir no domingo (10) com o chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell, em Luxemburgo, e depois vai participar de uma reuni�o com os ministros das Rela��es Exteriores dos pa�ses do bloco na segunda (11).
Essas reuni�es buscam marcar o apoio contundente da UE - tamb�m expresso no comunicado do G7 na quinta (7) - �s investiga��es sobre poss�veis atrocidades cometidas na Ucr�nia, sobretudo, ap�s as centenas de cad�veres serem descobertos em Bucha, uma cidade pr�xima � Kiev.
A Ucr�nia e alguns pa�ses vizinhos do bloco europeu apontam os dedos para a R�ssia - cujas tropas ocuparam Bucha antes da descoberta dos corpos - e a acusam de crimes de guerra, algo que o governo russo nega.
Altos dirigentes da UE t�m sido mais prudentes, observando o devido processo, e afirmando que preferem esperar os resultados das investiga��es conduzidas pela promotoria ucraniana com a ajuda do TPI, do Comissariado da ONU para os Direitos Humanos e de institui��es europeias.
A presidente da Comiss�o Europeia, Ursula von de Leyen, que visitou Bucha, na sexta-feira (8), junto com Borrel, disse, no s�bado (9) ao final de sua visita � Ucr�nia: "Se isso n�o � um crime de guerra, o que � um crime de guerra?".
No entanto, frisou, em suas declara��es, que deve ser realizada uma investiga��o rigorosa para que qualquer futura acusa��o se sustente nos tribunais.
A UE vai entregar 7,5 milh�es de euros (8,2 milh�es de d�lares) para treinar os promotores ucranianos na investiga��o de poss�veis crimes de guerra.
As perguntas sobre a responsabilidade em poss�veis crimes de guerra se intensificaram na sexta-feira (8), ap�s um bombardeio contra uma esta��o de trens lotada de civis que tentavam fugir do leste da Ucr�nia diante da amea�a de uma ofensiva russa. O ataque deixou 52 mortos.
A alta comiss�ria da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, tamb�m disse que sua equipe recebeu "testemunhos cr�veis de que as for�as armadas russas usaram bombas de fragmenta��o em zonas povoadas".
BRUXELAS