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Estado de Minas PARIS

Fran�a elege presidente com Macron e Le Pen como favoritos


10/04/2022 08:27

Os franceses votavam neste domingo (10) para eleger seu presidente, com o atual mandat�rio, o centrista Emmanuel Macron, e a candidata da extrema direita, Marine Le Pen, como favoritos de um disputado primeiro turno ap�s uma campanha at�pica.

O in�cio da ofensiva russa na Ucr�nia em 24 de fevereiro ofuscou a campanha eleitoral, mas o efeito nos pre�os da energia a devolveu ao primeiro plano, sobretudo pela inquieta��o sobre o poder aquisitivo.

O in�cio da guerra impulsionou Macron, mas na reta final da campanha, sua principal advers�ria, Le Pen, avan�ou nas pesquisas, at� encostar em Macron, amea�ando seu favoritismo se os dois passarem ao segundo turno em 24 de abril.

"� importante votar porque estamos em um contexto especialmente dif�cil (...), escolher a melhor op��o poss�vel, a pessoa que dirigir� nosso pa�s durante cinco anos", disse � AFP Mamadou Alpha Diallo, funcion�rio p�blico de 35 anos, ap�s votar em Saint-Denis, ao norte de Paris.

A elei��o, que determinar� o rumo da Fran�a at� 2027, tamb�m ser� acompanhada de perto em n�vel internacional, enquanto as �ltimas pesquisas da sexta-feira apontavam para um segundo turno em 24 de abril entre Macron e Le Pen. A candidata da extrema direita tem chances de vencer.

O in�cio da guerra impulsionou o candidato do A Rep�blica em Marcha (LREM), que jogou a cartada da media��o entre Kiev e Moscou e da estabilidade de um presidente pr�-europeu que atravessou v�rias crises: protestos sociais, pandemia e agora os efeitos da ofensiva russa na Ucr�nia.

Sua advers�ria do Reagrupamento Nacional (RN) apostou por se apresentar como a defensora do poder aquisitivo e das classes populares, diante de um Macon "presidente dos ricos", mas seu programa internacional gera temores sobre mudan�as nas alian�as internacionais da Fran�a se ela for eleita.

Le Pen prop�e, entre outros, abandonar o comando integrado da Otan, �rg�o da Alian�a Atl�ntica que determina a estrat�gia militar. Sua elei��o representaria, ainda, um novo rev�s para a Uni�o Europeia (UE), ap�s a reelei��o do primeiro-ministro h�ngaro, Viktor Orban.

Dos dez candidatos restantes, o esquerdista Jean-Luc M�lenchon � o �nico com alguma chance de impedir neste domingo que ambos consigam passar para o segundo turno, refor�ado por sua imagem de "voto �til" de uma esquerda pulverizada.

- D�vidas sobre a participa��o -

Cerca de 48,7 milh�es de eleitores s�o habilitados a eleger entre 12 candidatos � Presid�ncia.

Os resultados ser�o conhecidos �s 20H00 locais (15H00 de Bras�lia), quando as �ltimas se��es v�o fechar.

A participa��o era uma das principais preocupa��es nos �ltimos dias de campanha.

Segundo dados do Minist�rio do Interior, a participa��o no meio da jornada deste primeiro turno foi de 25,48%, tr�s pontos a menos do que em 2017 (28,54%) e quatro pontos a mais do que em 2022, ano que registrou um recorde de absten��o em uma elei��o presidencial.

O ano de 2002 � o exemplo das surpresas que podem sair do primeiro turno. Na ocasi�o, o ultradireitista Jean-Marie Le Pen, pai de Marine, se habilitou, contrariando todos os progn�sticos, ao segundo tuno contra o conservador Jacques Chirac, que acabou se reelegendo.

Marine Le Pen, de 53 anos, e Emmanuel Macron, de 44, j� disputaram as chaves do Pal�cio do Eliseu em 2017, que o centrista conseguiu com dois ter�os dos votos. Mas embora o cen�rio pare�a se repetir cinco anos depois, o pa�s n�o � o mesmo.

O coronav�rus irrompeu na Fran�a no come�o de 2020, confinou milh�es de pessoas e deixou para tr�s uma primeira metade de mandato de Macron marcada por protestos sociais. A guerra na Ucr�nia emergiu quando os franceses come�avam a respirar.

O candidato de centro admitiu "erros" durante seu primeiro mandato, sobretudo por suas pol�micas frases que o fizeram aparecer arrogante, e reafirmou seu �mpeto de reformista liberal, ressuscitando sua proposta impopular de retardar a idade da aposentadoria de 62 para 65 anos.

Com as medidas tradicionais da extrema direita no programa, como reservar as ajudas sociais aos franceses, Marine Le Pen suavizou seu discurso para tentar capitalizar o descontentamento social com Macron. Seu advers�rio da extrema direita, �ric Zammour, a ajudou a parecer menos radical.

- "Frente republicana" -

� medida que a herdeira da Frente Nacional avan�ava nas pesquisas, o presidente, que entrou tarde na campanha pela gest�o da pandemia e sua tentativa de media��o entre Kiev e Moscou, alertou na reta final contra o "perigo extremista". Os especialistas duvidam que o cord�o sanit�rio em torno da extrema direita v� funcionar em 2022 como ocorreu em 2017.

Para o diretor da Funda��o Jean-Jaur�s, Gilles Finchelstein, a tradicional "frente republicana" de partidos n�o bastar� para isolar Le Pen no segundo turno, j� que, embora este sistema n�o tenha desaparecido, est� desgastado.

Os candidatos socialista Anne Hidalgo, ecologista Yannick Jadot, e comunista Fabien Roussel j� disseram que v�o pedir votos contra a extrema direita se Le Pen passar para o segundo turno. J� Val�rie P�cresse, do partido Os Republicanos (LR), n�o indicar� voto.

Na Fran�a, as aten��es tamb�m se voltar�o para o alcance do aguardado fiasco dos partidos tradicionais: a direita ex-presidentes Chirac (1995-2007) e Nicolas Sarkozy (2007-2012) e os socialistas de Fran�ois Hollande (2012-2017) e Fran�ois Mitterrand (1981-1995).


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