A conversa de uma hora foi "afetuosa e produtiva", declarou uma funcion�ria da Casa Branca, mas n�o houve ind�cios de mudan�as significativas rumo a uma postura comum sobre o conflito.
A �ndia anda na corda bamba para manter rela��es com o Ocidente e evitar isolar a R�ssia, e n�o imp�s san��es pela invas�o.
Esta posi��o preocupa Washington, principalmente pelo fato da �ndia seguir comprando petr�leo e g�s russo, apesar da press�o de Biden para que os l�deres mundiais adotem uma linha dura contra Moscou.
Mesmo assim, a funcion�ria esclareceu que n�o houve "perguntas concretas e respostas concretas" sobre as importa��es de energia durante a reuni�o. "N�o acreditamos que a �ndia deva acelerar ou aumentar as importa��es de energia russa e os Estados Unidos est�o dispostos a ajud�-la a 'diversificar' as importa��es", completou.
Biden come�ou a reuni�o elogiando a "profunda conex�o" entre os dois pa�ses. Modi classificou a situa��o na Ucr�nia como "muito preocupante", al�m de lembrar que a �ndia apoia as negocia��es russo-ucranianas e oferece ajuda m�dica a Kiev.
"� importante que todos os pa�ses, principalmente todos que tenham influ�ncia" sobre o presidente russo, Vladimir Putin, "pe�am que ponha um fim � guerra", declarou o secret�rio de Estado americano, Antony Blinken, ap�s a c�pula por videoconfer�ncia seguida de uma reuni�o em Washington com o colega indiano e os ministros da Defesa dos dois pa�ses.
"Tamb�m � importante que as democracias falem com uma s� voz para defender os valores que compartilhamos", completou.
Diante da insist�ncia dos jornalistas pela falta de uma condena��o da �ndia, o chefe da diplomacia indiana, S. Jaishankar, n�o escondeu sua irrita��o: "Obrigado por seus conselhos e sugest�es, mas prefiro fazer as coisas da minha maneira", respondeu a um jornalista durante a coletiva de imprensa com Antony Blinken.
Jaishankar tamb�m foi duro ao falar das compras de petr�leo: "Nossas compras em um m�s s�o provavelmente menores que as da Europa em uma tarde".
A estatal Oil Corp. comprou pelo menos tr�s milh�es de barris de petr�leo da R�ssia desde o in�cio da invas�o, em 24 de fevereiro, desafiando o embargo das pot�ncias ocidentais.
Biden e Modi n�o concordaram em condenar conjuntamente a invas�o russa na �ltima vez que conversaram no in�cio de mar�o em uma reuni�o da chamada alian�a "Quad" entre Estados Unidos, �ndia, Austr�lia e Jap�o.
A �ndia absteve-se de votar na semana passada a suspens�o da R�ssia do Conselho de Direitos Humanos na Assembleia Geral da ONU, que acusa Moscou de promover massacres de civis na Ucr�nia.
- Resposta "inst�vel" -
Os Estados Unidos j� alertaram que qualquer pa�s que ajudar ativamente a R�ssia a eludir as san��es internacionais sofrer� "consequ�ncias".
A amea�a n�o impediu a �ndia de trabalhar com a R�ssia em um mecanismo de pagamento de r�pias e rublos para que a R�ssia possa cumprir suas obriga��es comerciais existentes, apesar das san��es impostas ao Kremlin.
Biden disse em 21 de mar�o que a �ndia era uma exce��o entre os aliados de Washington por sua resposta "inst�vel" � ofensiva russa.
Durante a Guerra Fria, a �ndia inclinou-se para a Uni�o Sovi�tica, em parte devido ao apoio dos Estados Unidos ao arquirrival, o Paquist�o.
Em 1962, a �ndia comprou seus primeiros avi�es de combate russos MiG-21 e, de acordo com especialistas, a R�ssia segue sendo o maior provedor de armas para Nova D�lhi, que tamb�m � o maior cliente de Moscou.
"A �ndia precisa tomar suas pr�prias decis�es diante deste desafio", declarou Antony Blinken, que preferiu n�o criticar o pa�s abertamente e reconheceu que o governo indiano "condenou o massacre de civis" na Ucr�nia e "presta uma importante ajuda humanit�ria".
Blinken insistiu que, apesar das rela��es indo-russas serem muito mais antigas que as existentes entre Washington e Nova D�lhi, estas �ltimas est�o desenvolvendo-se rapidamente.
Discordando sobre a guerra, l�deres americanos e indianos se concentraram em seu desejo comum de mitigar os efeitos na economia mundial e em outras �reas, como a assinatura de um acordo de coopera��o espacial.
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WASHINGTON
Biden e primeiro-ministro indiano t�m conversa 'franca' sobre a Ucr�nia
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