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Estado de Minas WASHINGTON

Infla��o bate novo recorde nos EUA, impulsada por guerra na Ucr�nia


12/04/2022 13:02

A infla��o anualizada nos Estados Unidos registrou, em mar�o, seu n�vel mais alto em mais de 40 anos, sobretudo, pela disparada dos pre�os da gasolina em meio � guerra no Ucr�nia.

Os pre�os subiram 8,5% em 12 meses, contra 7,9% em fevereiro, segundo o �ndice de Pre�os ao Consumidor (IPC) divulgado nesta ter�a-feira (12) pelo Departamento do Trabalho.

Este informe � o primeiro a incluir o impacto da invas�o russa da Ucr�nia e das consequentes san��es ocidentais contra Moscou. Neste contexto de crise, os pre�os dos alimentos e da energia subiram no mundo todo.

Em um m�s, os pre�os aumentaram 1,2%, contra 0,8% em fevereiro. Apenas o pre�o da gasolina nos Estados Unidos subiu 18,3% em rela��o ao m�s anterior, representando cerca de metade da infla��o, acrescentou o departamento.

Os pre�os totais da energia subiram 11% em rela��o a fevereiro, o que incluiu um salto de 22,3% nos pre�os do petr�leo, detalhou o relat�rio.

- Impacto da energia -

O conflito na Ucr�nia "alimenta a infla��o desenfreada por meio do aumento dos pre�os de energia, alimentos e commodities, agravados por problemas nas cadeias de suprimentos", resume Kathy Bostjancic, economista-chefe da Oxford Economics.

A analista antecipa um pico da infla��o em maio, na ordem dos 9%, e depois uma descida lenta, para "terminar o ano acima dos 5%".

Os pre�os da habita��o e dos alimentos tamb�m est�o impulsionando o aumento geral dos pre�os, de acordo com o relat�rio oficial.

Mas, se exclu�dos os pre�os mais vol�teis da energia e dos alimentos, a infla��o se modera em rela��o a fevereiro, ficando em 0,3% contra 0,5%, na compara��o m�s a m�s.

Os pre�os dos ve�culos usados, que pressionam a infla��o h� meses, ca�ram 3,8% em mar�o.

Em contrapartida, em 12 meses, a infla��o subjacente atingiu seu n�vel mais alto desde agosto de 1982.

"Esperamos que (estes dados) sejam o pico, porque realmente n�o queremos atingir a infla��o de dois d�gitos", disse o economista Joel Naroff.

O governo j� havia alertado na segunda-feira que a infla��o seria "extraordinariamente alta" e anunciou hoje uma s�rie de iniciativas destinadas a aumentar o uso e a produ��o de biocombust�veis, em um esfor�o para baixar os pre�os da energia.

Ap�s anunciar o uso de volumes hist�ricos de reservas estrat�gicas de petr�leo, o presidente Joe Biden tem poucos recursos para afastar o que a Casa Branca sistematicamente chama de "efeito Putin" sobre a infla��o, em uma tentativa - at� agora malsucedida - de minimizar o custo pol�tico para o democrata.

O governo decidiu que o combust�vel E15, que cont�m 15% de etanol, pode ser vendido no ver�o, quando sua distribui��o � normalmente proibida na �poca. Tamb�m vai liberar fundos para instala��es de produ��o de biocombust�veis e incentivar� o desenvolvimento de biocombust�veis para avia��o.

Biden espera matar v�rios coelhos com uma cajadada s�: baixar a gasolina nos postos de gasolina, apostar no meio ambiente e na independ�ncia energ�tica e ganhar pontos com os produtores rurais, onde n�o � muito popular.

O presidente democrata, que enfrentar� dif�ceis elei��es de meio de mandato em novembro, visita hoje uma f�brica de biocombust�veis em Iowa, onde discursar� �s 15h45 (hor�rio de Bras�lia).

Iowa � um estado altamente estrat�gico em quest�es pol�ticas e, em 2020, votou esmagadoramente no republicano Donald Trump.

H� um ano, a infla��o, que reduz o poder de compra das fam�lias, est� acima da meta de 2% do Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano). Mar�o � o sexto m�s consecutivo em que a infla��o anualizada permanece acima de 6%.

Em meados do m�s passado, o Fed come�ou a elevar suas taxas de refer�ncia - em 0,25 ponto-base para 0,25%-0,50% ao ano - para encarecer o cr�dito e conter o consumo e o investimento. Os ajustes continuar�o ao longo do ano.


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