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Estado de Minas KIEV

Ucr�nia quer lutar 'at� o fim' na cidade sitiada de Mariupol


17/04/2022 18:32

A Ucr�nia quer que seus �ltimos defensores em Mariupol lutem "at� o fim", e n�o obede�am ao ultimato feito pela R�ssia, neste domingo (17), para que depusessem suas armas nesta estrat�gica cidade portu�ria do sudeste do pa�s.

"A cidade n�o caiu. Nossas for�as militares, nossos soldados ainda est�o l�. Eles v�o lutar at� o fim", garantiu Denys Shmyhal, o primeiro-ministro ucraniano, em entrevista � emissora americana ABC.

As declara��es do primeiro-ministro chegam depois de expirar o ultimato de Moscou, que pediu aos �ltimos soldados ucranianos entrincheirados em um enorme complexo metal�rgico em Mariupol que se rendessem e deixassem o local antes das 13h00 (07h00 em Bras�lia).

"Todos aqueles que abandonarem suas armas ter�o a garantia de salvar suas vidas [...] � sua �nica chance", escreveu o minist�rio russo no Telegram.

Al�m disso, as for�as russas anunciaram que bombardearam neste domingo outra f�brica militar nos arredores de Kiev, no momento de intensifica��o dos ataques em torno da capital ucraniana.

Mas os ataques de Moscou se concentram, sobretudo, no leste e no sul do pa�s. A conquista de Mariupol, onde a situa��o � "desumana", segundo o presidente ucraniano Volodimir Zelensky, suporia uma importante vit�ria para Moscou.

Com 440.000 habitantes antes do in�cio da guerra, Mariupol � o �ltimo obst�culo para a R�ssia garantir seu controle na faixa mar�tima que vai dos territ�rios separatistas pr�-russos de Donbass at� a pen�nsula da Crimeia, anexada por Moscou em 2014.

A R�ssia garante ter controlado quase toda a cidade, algo que Shmyhal negou durante a entrevista para a ABC.

O presidente ucraniano assinalou que s� havia "duas op��es": o fornecimento de "todas as armas necess�rias" dos pa�ses ocidentais para romper o longo cerco da cidade, ou "a via da negocia��o", na qual "o papel dos aliados deve ser igualmente decisivo".

Zelensky afirmou em uma entrevista � emissora americana CNN que convidou o presidente franc�s, Emmanuel Macron, a visitar � Ucr�nia.

O objetivo da visita seria que Macron visse com seus pr�prios olhos que as for�as russas est�o cometendo um "genoc�dio", um termo que o l�der franc�s tem se recusado a usar at� agora, detalhou o governante ucraniano.

- Putin 'acha que vai ganhar a guerra' -

O papa Francisco fez um apelo neste domingo para "ouvir o grito de paz" nesta "P�scoa de guerra", e aludiu a uma "Ucr�nia martirizada", em sua b�n��o "urbi et orbi" diante de 50.000 fi�is na Pra�a de S�o Pedro, em Roma.

Por outro lado, de acordo com o chanceler austr�aco Karl Nehammer, que se reuniu com Vladimir Putin na segunda-feira em Moscou, o presidente russo acha que venceu a guerra desencadeada por sua invas�o da Ucr�nia em 24 de fevereiro.

Shmyhal, o primeiro-ministro ucraniano, recha�ou as afirma��es do l�der russo e lembrou que "nenhuma s� cidade grande" ucraniana havia ca�do.

Por sua parte, o chefe de governo italiano Mario Draghi lamentou neste domingo, em entrevista ao jornal Il Corriere della Sera, a aparente inefic�cia do "di�logo" com Putin, observando que isso n�o impediu a continuidade do "horror" na Ucr�nia.

A cria��o de corredores humanit�rios em algumas regi�es continua sendo um quebra-cabe�a. As autoridades ucranianas informaram hoje que a falta de um acordo com os russos para um cessar-fogo suspender�, por ora, a evacua��o de civis do leste do pa�s.

"Esta manh�, n�o conseguimos negociar um cessar-fogo nas rotas de evacua��o com os ocupantes [russos]. Por esta raz�o, infelizmente, n�o vamos abrir hoje os corredores humanit�rios", escreveu a vice-primeira-ministra Iryna Vereshchuk no Telegram.

A l�der indicou que as autoridades est�o fazendo todo o poss�vel para reabrir os corredores humanit�rios "o mais r�pido poss�vel". Vereshchuk tamb�m exigiu a abertura de uma estrada para evacuar soldados feridos na cidade de Mariupol.

- Redirecionar a campanha -

Embora tenha redirecionado sua campanha militar para o leste e para o sul, a R�ssia voltou a bombardear a capital nos �ltimos dias ap�s o naufr�gio de seu navio no Mar Negro, o cruzador Moskva, que a Ucr�nia afirma ter atingido com m�sseis Neptune.

Moscou nega essa vers�o e atribui o naufr�gio a um inc�ndio causado por uma explos�o de muni��o a bordo.

O ataque deste domingo a uma f�brica militar perto de Kiev foi precedido na sexta-feira pelo bombardeio de uma f�brica tamb�m perto da capital, onde os m�sseis Neptune foram produzidos.

No leste, onde � esperada a pr�xima grande batalha desta guerra, uma s�rie de ataques deixou cinco mortos e 20 feridos em Kharkiv, a segunda maior cidade do pa�s.

"Sabe quando um cachorro ouve um 'bum' e come�a a tremer, mesmo que o barulho esteja longe? Eu estou assim agora", conta Zinaida Nestrizhenko, de 69 anos, encolhida com seu gato ao lado de uma estrada em Kharkiv.

O Minist�rio da Defesa russo, por sua vez, disse hoje que "m�sseis de alta precis�o destru�ram dep�sitos de combust�vel e muni��es" em Barvinkove (regi�o de Izyum) e Dobropillia (regi�o de Donetsk), tamb�m no leste.

E nos arredores de Luhansk, "o bombardeio constante da regi�o continua", disse neste domingo o governador ucraniano, Sergei Gaidai.

Na localidade de Zolote, "atacaram deliberadamente um edif�cio de cinco andares [...] duas pessoas morreram e cinco ficaram feridas", acrescentou.

Embora n�o estejam diretamente envolvidos no conflito, os membros da Otan forneceram amplo apoio de armas � Ucr�nia, que aumenta na medida em que a guerra avan�a.

A R�ssia alertou, em uma nota diplom�tica, os Estados Unidos contra o envio de armas "mais sens�veis" para a Ucr�nia, que colocam "gasolina no fogo" e podem provocar "consequ�ncias imprevis�veis", segundo o jornal The Washington Post.

Cerca de 5 milh�es de pessoas fugiram da Ucr�nia desde 24 de fevereiro, segundo a ONU, que diz que mais 40.200 refugiados deixaram o pa�s nas �ltimas 24 horas.


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