O projeto geral de retirada de fundos foi apresentado por parlamentares de esquerda, mas tamb�m conta com o apoio de deputados da oposi��o de direita, para permitir - tal como j� foi aprovado em tr�s ocasi�es - a retirada de at� 10% dos fundos das Administradoras de Fundos Privados, conhecidas no pa�s pela sigla AFP.
No governo, que se op�e a essa iniciativa, o ministro da Fazenda, Mario Marcel, advertiu que, se for aprovada, a iniciativa dos parlamentares poderia gerar um aumento de at� cinco pontos na j� elevada infla��o do pa�s, que est� em 9,4% nos �ltimos 12 meses, podendo alcan�ar 15%.
Um novo saque de fundos como o proposto pelos parlamentares requer 103 dos 155 votos da C�mara para ser aprovado e passar para o Senado, por se tratar de uma reforma constitucional. J� o projeto do governo, que � uma lei ordin�ria, pode ser aprovado com 73 votos.
Caso qualquer um dos dois projetos seja aprovado, seria o quarto saque antecipado ap�s os aprovados em julho e dezembro de 2020, e em abril de 2021.
Contudo, o projeto do governo busca limitar o uso dos saques para o pagamento de d�vidas e a aquisi��o da casa pr�pria, enquanto o outro projeto n�o estabelece condi��es para o uso do dinheiro.
A vota��o na C�mara Baixa � a primeira pedra no caminho legislativo do governo do esquerdista Gabriel Boric, que tomou posse h� pouco mais de um m�s.
As elei��es de dezembro deixaram uma divis�o de for�as igualada nas duas c�maras do Congresso, por isso a tramita��o de projetos necessita de acordos entre parlamentares de todo o espectro pol�tico.
Durante a pior fase da pandemia e com car�ncia de ajudas estatais, o primeiro saque de fundos de pens�es permitiu que cerca de 11 milh�es de pessoas tivessem acesso aos recursos, enquanto o segundo contemplou 9 milh�es de cidad�os e o terceiro, 8 milh�es. Os tr�s saques somados representaram uma inje��o de 50,6 bilh�es de d�lares na economia chilena.
SANTIAGO