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Estado de Minas PARIS

Emmanuel Macron, um reformista convicto para tempos turbulentos na Fran�a


24/04/2022 07:33

Desde que chegou ao poder em 2017, o presidente franc�s, Emmanuel Macron, enfrentou duros protestos contra suas reformas e uma pandemia global, com a mesma determina��o com a qual agora tenta derrotar novamente a extrema-direita.

"Pensem no que falavam os cidad�os brit�nicos algumas horas antes do Brexit, ou nos Estados Unidos, antes da vota��o em (Donald) Trump: 'N�o vou comparecer, qual o sentido?' Posso dizer que no dia seguinte se arrependeram", advertiu, recentemente.

Meses antes de chegar ao Pal�cio do Eliseu, Macron j� avisara que seria um "presidente jupiterino", express�o que, segundo o dicion�rio Larousse, evoca o "car�ter dominador e autorit�rio" do deus romano J�piter. E n�o decepcionou.

A crise dos "coletes amarelos" foi seu expoente m�ximo. Deflagrado em 2018 pelo aumento dos pre�os dos combust�veis, este protesto se espalhou por toda Fran�a para denunciar as medidas deste ex-executivo do setor banc�rio contra as classes populares.

A mobiliza��o sustentou sua imagem de "presidente dos ricos" e desconectado da realidade, conquistada e refor�ada com frases pol�micas. Entre elas, quando Macron disse que, nas esta��es de trem, "voc� encontra pessoas que fizeram sucesso e pessoas que n�o s�o nada".

"Acredito que cheguei [ao poder] com uma vitalidade que espero continuar tendo e com vontade de sacudir" o sistema, justificou-se em dezembro durante uma entrevista sobre seu mandato, na qual reconheceu "erros".

- "Estamos em guerra" -

A partir de 2020, a pandemia de coronav�rus acabou com os protestos em uma nova Fran�a de confinamentos e de m�scaras e estimulou o perfil mais "jupiterino" de Macron: "Estamos em guerra" contra a covid-19, destacou ent�o.

Sua gest�o personalista da pior crise desde a Segunda Guerra Mundial rendeu ataques da oposi��o e, apesar da resist�ncia inicial da popula��o, soube ganhar sua confian�a e imp�s medidas pol�micas, como o passaporte sanit�rio.

"As crises exigem uma hiperpresidencializa��o [...]. Nesses momentos, Macron est� como um peixe na �gua", ao contr�rio de quando o "mar est� calmo", analisou recentemente a jornalista Corinne Lha�k no jornal L'Opinion.

A atual ofensiva russa na Ucr�nia representa mais uma crise que trouxe � tona a hiperlideran�a do presidente centrista que, apesar de fracassar em sua tentativa de evitar a guerra, refor�ou sua imagem internacional entre os franceses.

Agora est� concentrado em evitar a chegada ao poder de Marine Le Pen, sua rival de extrema-direita no segundo turno, neste domingo (24), um objetivo que parece ter assegurado ao abrir uma vantagem de at� 12 pontos nas pesquisas de inten��o de voto.

Este jovem pol�tico era relativamente desconhecido at� sua nomea��o como ministro da Economia em 2014 pelo ent�o presidente franc�s, Fran�ois Hollande, depois de atuar como seu conselheiro econ�mico.

Tr�s anos depois, Emmanuel Macron, nascido em 1977 em Amiens (norte) em uma fam�lia de classe m�dia, tornou-se o mais jovem presidente eleito da Fran�a, aos 39 anos, ao final de uma ascens�o mete�rica de um homem com pressa.

- "Brilhante e carism�tico" -

Em 1995, formou-se com honras no prestigioso Liceu parisiense Henry IV, ap�s o qual obteve o t�tulo de mestre em Filosofia. Durante seus anos de faculdade, trabalhou como assistente editorial do renomado fil�sofo franc�s Paul Ricoeur.

Nos seus tempos de estudante, j� era "brilhante e carism�tico", "um bom orador", "com um perfil � la Barack Obama", disse em 2016 Julien Aubert, seu colega na Escola Nacional de Administra��o (ENA), o antigo centro de forma��o das elites.

Na �poca, j� havia encontrado o amor de sua vida. Aos 16 anos, apaixonou-se por sua professora de Teatro, Brigitte Trogneux, 24 anos mais velha e m�e de tr�s filhos, que se divorciou do marido. Os dois se casaram em 2007, uma hist�ria que cativou a imprensa.

Se for reeleito, o l�der europe�sta ter� de completar seu ambicioso programa de reformas interrompido pela pandemia, em linha com o que � recomendado pela Comiss�o Europeia para estabilizar sua economia.

Entre suas promessas para transformar a Fran�a, est�o o "renascimento" da energia nuclear, alcan�ar a neutralidade de carbono at� 2050 e aumentar a idade de aposentadoria de 62 para 65 anos, embora tenha se declarado disposto a elevar a idade para 64 anos, em uma tentativa de atrair o eleitorado de esquerda.


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