As assembleias de voto na Fran�a abriram suas portas �s 08h00 (03h00 de Bras�lia) e a participa��o era de 63,23% �s 17h00 GMT (12h00 de Bras�lia) - quase dois pontos a menos que em 2017 na mesma hora, segundo o Minist�rio do Interior.
Quase 49 milh�es de franceses s�o chamados a votar. A vota��o ser� encerrada �s 20h00 (15h00 de Bras�lia).
"Obrigado por estarem aqui novamente", disse Emmanuel Macron aos mes�rios ap�s votar na cidade costeira de Le Touquet (norte).
Marine Le Pen j� havia votado mais cedo em seu reduto de H�nin-Beaumont, tamb�m no norte do pa�s.
Le Pen pode se tornar a primeira presidente mulher ou Macron o primeiro a ser reeleito desde o conservador Jacques Chirac (1995-2007).
De acordo com as �ltimas pesquisas divulgadas na sexta-feira, o candidato do A Rep�blica em Marcha (LREM), de 44 anos, venceria sua rival do Reagrupamento Nacional (RN), de 53 anos, com uma vantagem menor do que em 2017, quando foi proclamado presidente com 66,1% dos votos.
Cinco anos depois, a Fran�a n�o � o mesmo pa�s: protestos sociais marcaram a primeira metade do mandato de Macron, uma pandemia global confinou milh�es de pessoas e a invas�o russa da Ucr�nia abalou todo o continente europeu.
A guerra �s portas da Uni�o Europeia (UE) marcou a campanha eleitoral, embora a principal preocupa��o dos franceses seja o seu poder de compra, num contexto de aumento dos pre�os da energia e dos alimentos.
Al�m de escolher entre dois modelos de sociedade, os eleitores t�m nas m�os a escolha do lugar no mundo que querem para essa pot�ncia econ�mica e nuclear at� 2027, decis�o que poderia envolver mudan�as nas alian�as caso Le Pen ven�a.
A herdeira da Frente Nacional prop�e inscrever na Constitui��o a "prioridade nacional", a fim de excluir os estrangeiros dos aux�lios sociais, e defende o abandono do comando integrado da OTAN e a redu��o dos poderes da UE.
Em contrapartida, Macron defende uma Europa mais forte, seja em quest�es econ�micas, sociais ou de defesa, e espera dar um novo impulso reformista e liberal, com sua proposta emblem�tica de adiar a idade de aposentadoria de 62 para 65 anos, que em 2020 j� gerou protestos em massa.
Os primeiros-ministros social-democratas da Alemanha, Espanha e Portugal, bem como o ex-presidente brasileiro Luiz In�cio Lula da Silva, manifestaram seu apoio a Macron durante a campanha.
- A inc�gnita da absten��o -
A absten��o � uma das principais inc�gnitas.
De acordo com as primeiras estimativas dos institutos de vota��o, a absten��o ser� de cerca de 28%, 2,5 pontos a mais que em 2017 e quase dois pontos a mais que no primeiro turno.
No primeiro turno, em 10 de abril, o candidato da esquerda radical Jean-Luc M�lenchon ficou em terceiro lugar, com quase 22% dos votos.
Assim, Macron e Le Pen se esfor�aram para atrair seus eleitores para este segundo turno.
Le Pen optou por se apresentar como a defensora do poder aquisitivo, contra uma rival que, em sua opini�o, despreza as classes populares.
Macron se esfor�ou para desacreditar o programa de Le Pen e alertar para o perigo da chegada da extrema-direita ao poder.
A vota��o atual pode quebrar o recorde de votos brancos ou nulos que muitos franceses escolheram em 2017 para expressar sua recusa em optar entre os dois finalistas.
"Poder�amos atingir o recorde de menor n�mero de votos em uma elei��o presidencial", disse no s�bado o cientista pol�tico Bruno Cautr�s ao jornal Lib�ration, para quem a absten��o dos eleitores de esquerda "n�o reverteria a tend�ncia" favor�vel a Macron.
"Independentemente do vencedor, o pa�s ser� mais dif�cil de governar nos pr�ximos cinco anos", comentou � AFP a cientista pol�tica Chlo� Morin.
Uma das chaves estar� nas elei��es legislativas que ser�o realizadas nos dias 12 e 19 de junho.
De acordo com uma pesquisa BVA na sexta-feira, 66% querem que Macron perca sua maioria parlamentar.
A �ltima "coabita��o" remonta ao per�odo de 1997 a 2002, quando Chirac nomeou o socialista Lionel Jospin como primeiro-ministro.
PARIS