"Sobre o n�vel de radioatividade, eu diria que � normal. Houve momentos em que os n�veis subiram, devido � movimenta��o de equipamento pesado que as for�as russas trouxeram para c� e quando sa�ram. Temos feito monitoramento di�rio", declarou Grossi.
Um pouco mais cedo, o chefe da AIEA havia considerado "absolutamente anormal" e "muito, muito perigoso" a ocupa��o da usina pelo ex�rcito russo.
Como a AIEA j� havia informado na sexta-feira passada (22), Grossi est� acompanhado no local por um grupo de especialistas "para entregar equipamentos vitais", como dos�metros e roupas de prote��o, e fazer "controles radiol�gicos e outros".
Esses especialistas devem "reparar os sistemas de vigil�ncia remota, que pararam de transmitir dados para a sede" da AIEA, em Viena (�ustria), logo ap�s o in�cio da guerra.
Localizada a 150 quil�metros ao norte de Kiev, a central de Chernobyl caiu nas m�os dos russos em 24 de fevereiro passado, no primeiro dia de sua invas�o, e sofreu um corte de energia e das redes de comunica��o. Os soldados russos se retiraram da instala��o nuclear em 31 de mar�o.
Desde ent�o, a situa��o voltou gradualmente ao normal, de acordo com relat�rios di�rios da AIEA com base em informa��es do �rg�o regulador nuclear ucraniano.
Rafael Grossi j� havia viajado � Ucr�nia no final de mar�o para lan�ar as bases de um acordo de assist�ncia t�cnica. Na ocasi�o, visitou a usina de energia de Yuzhno-Ukrainsk, no sul, antes de se encontrar com autoridades russas em Kaliningrado, �s margens do B�ltico.
A Ucr�nia possui 15 reatores em quatro usinas operacionais, al�m de dep�sitos de res�duos como o da usina de Chernobyl.
Um reator de Chernobyl explodiu em 1986, contaminando grande parte da Europa, mas especialmente Ucr�nia, R�ssia e Belarus.
Conhecida como zona de exclus�o, o territ�rio em um raio de 30 quil�metros ao redor da usina ainda est� fortemente contaminado e � proibido firmar resid�ncia nesta �rea.
Neste contexto de guerra, a Uni�o Europeia (UE) alertou hoje sobre a possibilidade de um novo desastre nuclear na Ucr�nia e pediu a Moscou que se abstenha de lan�ar ataques contra instala��es nucleares.
No momento, as for�as russas controlam a enorme usina nuclear de Zaporizhzhia. No final de fevereiro, esta �ltima foi atingida por fogo de artilharia que incendiou pr�dios pr�ximos e levantou temores de um desastre.
"A agress�o ilegal e injustificada da R�ssia na Ucr�nia mais uma vez p�e em risco a seguran�a nuclear em nosso continente", alertaram o chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell, e o comiss�rio europeu de Energia, Kadri Simson, em um comunicado conjunto.
As duas autoridades europeias acusam as for�as russas de terem "danificado de forma imprudente as instala��es" nucleares atingidas.
De acordo com Borrell e Simson, a interrup��o das opera��es normais, "incluindo o rod�zio de pessoal, compromete a opera��o segura das usinas nucleares na Ucr�nia e aumenta significativamente o risco de acidentes".
"No anivers�rio do acidente de Chernobyl, de 1986, reiteramos nossa maior preocupa��o com os riscos � seguran�a nuclear causados pelas recentes a��es russas no local de Chernobyl", ressaltaram.
CENTRALE NUCL�AIRE DE TCHERNOBYL