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Estado de Minas S�O PAULO

Luiza Trajano, a popular bilion�ria cortejada pelos partidos pol�ticos brasileiros


29/04/2022 11:28

A empres�ria brasileira Luiza Helena Trajano faz parte de v�rias listas seletas, incluindo a de personalidades mais influentes do mundo e a dos mais ricos do pa�s, mas se recusa a entrar na dos candidatos � presid�ncia na elei��o deste ano, apesar dos convites.

"Sou apartid�ria, mas pol�tica", define-se essa mulher de 73 anos, cuja trajet�ria como empres�ria com um firme compromisso social � frente da gigante varejista Magazine Luiza a transformou em uma l�der popular.

"Eu fui muito convidada. Foram muitos pedidos da sociedade, de partidos pol�ticos, at� para ser candidata � presid�ncia", conta Trajano sem revelar quais, durante uma entrevista � AFP na sede da empresa em S�o Paulo.

Mas a miss�o dessa mulher � outra: "Unir o Brasil", polarizado entre a direita radical e a esquerda, afirma.

Criticada pelo presidente Jair Bolsonaro e elogiada pelo ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, a empres�ria evita assumir um lado e se preocupa em promover pol�ticas de igualdade social � frente do movimento suprapartid�rio Mulheres do Brasil.

- Atr�s do balc�o -

Para essa filha �nica de uma fam�lia humilde, tudo come�ou durante suas f�rias aos 12 anos, ajudando na loja de artigos para o lar que sua tia, tamb�m chamada Luiza, havia inaugurado em 1957 na cidade de Franca, no interior de S�o Paulo.

"Tive o privil�gio de vir de uma fam�lia de mulheres empreendedoras, que acreditava na for�a da mulher, numa �poca em que a mulher n�o trabalhava fora", diz essa refer�ncia de uma luta de g�nero "a favor das mulheres", n�o "contra os homens".

Trajano foi a herdeira natural da lideran�a daquele pequeno neg�cio batizado em homenagem � sua tia. E sob sua dire��o, que assumiu em 1991, ele se tornou uma das maiores redes varejistas do pa�s, pioneira em iniciativas como o e-commerce.

"Eu quebrei v�rias cren�as limitantes, eu adoro quebrar cren�as que me limitem", declara em um tom sempre tranquilo essa advogada que nunca exerceu a profiss�o, m�e de tr�s e av� de cinco.

Seu grupo empresarial conta atualmente com 1.481 filiais no pa�s e com plataformas digitais capazes de competir com gigantes internacionais.

Desde 2016, � al�m disso uma rara exce��o como presidente do conselho de administra��o de uma empresa cuja dire��o deixou em m�os de seu filho Frederico.

- Sem r�tulos -

Seu peso na cena p�blica brasileira deu origem h� alguns meses a falsos rumores sobre sua candidatura como vice de Lula nas elei��es presidenciais.

O l�der esquerdista a elogiou na revista Time quando ela figurou como a �nica brasileira entre as 100 pessoas mais influentes do mundo em 2021. "Em um mundo onde bilion�rios queimam fortunas em aventuras espaciais e iates", disse Lula, Luiza assumiu o desafio de "construir um Brasil melhor".

Bolsonaro, por sua vez, a tachou como uma "empres�ria socialista".

Trajano, por�m, que "nunca" foi cortejada pelo Partido dos Trabalhadores (PT), evita r�tulos.

Recha�a o "capitalismo selvagem", apesar de ser a quinta mulher mais rica do Brasil, mesmo depois de sua fortuna ser reduzida no �ltimo ano a 1,4 bilh�o de d�lares, segundo a Forbes, devido � queda das a��es da empresa.

E se afasta do socialismo, posicionando-se "a favor de algumas privatiza��es".

- Sem planos de aposentadoria -

Seu maior desafio agora � "levar o Brasil (...) onde acho que ele merece, e acabar com essa divis�o".

Assim como fez durante a pandemia, como motor da campanha "Unidos Pela Vacina", que mobilizou o apoio empresarial ao Sistema �nico de Sa�de (SUS).

"Vou poder dizer para meus netos que numa pandemia eu n�o fiquei de bra�os cruzados", diz.

Convencida de que "as mudan�as sempre come�am com uma sociedade civil organizada", prepara sua pr�xima luta: aumentar a participa��o feminina na pol�tica.

"As mulheres s�o lembradas agora, mas isso n�o quer dizer que nossa luta terminou", afirma. "N�s queremos 50% de mulheres em cadeiras pol�ticas, j� nesta elei��o", reivindica.

Um projeto aprovado no Senado prev� uma cota feminina progressiva nos poderes legislativos, partindo de 18% na pr�xima elei��o at� 30% em 2040.

Em outra de suas frentes, a luta pela diversidade, sua empresa implementou um programa de forma��o exclusivo para pessoas negras, t�o aplaudido quanto criticado por alguns, que enxergam na medida um "racismo reverso".

Com a agenda cheia, a aposentadoria parece distante. "Eu mudo de ciclo, mas n�o aposento", lan�a a empres�ria antes de partir para outro compromisso.


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