Na manh� desta sexta, "foram registrados 42 feridos em confrontos com as for�as de ocupa��o" na Esplanada das Mesquitas, anunciou o Crescente Vermelho Palestino, que anteriormente havia dado um primeiro balan�o de 12 feridos.
Dos 42 feridos, 22 foram levados para um hospital de Jerusal�m, "mas nenhum deles se encontra em estado grave", acrescentou a organiza��o.
A pol�cia israelense afirmou que os agentes da for�a de seguran�a atuaram porque "agitadores" lan�aram pedras e fogos de artif�cio na dire��o do Muro das Lamenta��es, o local de ora��o mais sagrado para os judeus, que fica no mesmo recinto.
Um comunicado destaca que os policiais "usaram meios de dispers�o de dist�rbios" na interven��o. Testemunhas e correspondentes da AFP observaram o uso de g�s lacrimog�neo e balas de borracha.
Uma calma relativa dominou o local em seguida, quando milhares de fi�is se reuniram para orar na �ltima sexta-feira do Ramad�, o m�s sagrado para os mu�ulmanos que termina no in�cio da pr�xima semana.
Alguns exibiam bandeiras palestinas e do movimento islamita Hamas, segundo constatou um jornalista da AFP.
Nos �ltimos dias a tens�o havia sido alta na Esplanada das Mesquitas, considerada o terceiro local sagrado para os mu�ulmanos e o mais sagrado para os judeus, que utilizam o nome "Monte do Templo".
- Escalada -
Nas �ltimas duas semanas, quase 300 palestinos ficaram feridos em confrontos na �rea, localizada na Cidade Velha de Jerusal�m.
A Esplanada das Mesquitas fica na parte leste de Jerusal�m, ocupada por Israel desde 1967 e depois anexada. O local sagrado � administrado pela Jord�nia, mas o acesso � controlado pelo Estado judeu.
Os dist�rbios acontecem em um cen�rio de escalada da viol�ncia, ap�s quatro ataques desde o fim de mar�o em Israel, que deixaram 14 mortos, incluindo um policial �rabe-israelense e dois ucranianos. Dois atentados foram cometidos em Tel-Aviv por palestinos procedentes da Cisjord�nia, territ�rio ocupado por Israel desde 1967.
Desde ent�o, 26 palestinos e tr�s �rabe-israelenses morreram (incluindo os autores dos ataques) em confrontos com as for�as de Israel, que efetuaram opera��es na Cisjord�nia ocupada.
Esses confrontos aconteceram quando se celebra na sexta-feira o "Dia de Al-Quds" (Jerusal�m em �rabe), iniciado pelo Ir� ap�s a revolu��o isl�mica de 1979.
Milhares de pessoas participaram em uma manifesta��o no Ir�, grande inimigo do Israel, em apoio aos palestinos.
"A Rep�blica Isl�mica do Ir� respalda e apoia a resist�ncia palestina [...] e condenamos o movimento trai�oeiro de normalizar as rela��es [com Israel]", disse na televis�o o l�der supremo do Ir�, o aiatol� Ali Khamenei.
- Provoca��o -
Na quinta-feira � noite, l�deres dos movimentos palestinos Hamas e Jihad Isl�mica, pr�ximos ao Ir�, organizaram uma manifesta��o em um est�dio de Gaza para marcar o dia e insistiram na necessidade de "defender" Jerusal�m e a Esplanada das Mesquitas.
El general Hossein Salami, comandante da Guarda Revolucion�ria, o ex�rcito ideol�gico iraniano, participou no evento por videoconfer�ncia e afirmou que "o Estado de Israel ser� derrotado".
A presen�a na Esplanada das Mesquitas, durante o Ramad�, de um grande n�mero de judeus - que t�m permiss�o para visitar o local sob certas condi��es e em momentos espec�ficos, mas sem a possibilidade de rezar - e a mobiliza��o de for�as de seguran�a no local sagrado foram consideradas uma "provoca��o" pelos palestinos e v�rios pa�ses da regi�o.
"Jerusal�m seguir� no centro do conflito com o inimigo", declarou hoje o Hamas, que governa o enclave palestino de Gaza. Ademais, explicaram que os "projetos do inimigo de judaiza��o, profana��o e divis�o" est�o destinados ao fracasso.
Mas Israel pretende manter o status quo da Esplanada das Mesquitas em Jerusal�m, afirmou o chefe da diplomacia israelense, Yair Lapid. Ele disse que as recentes interven��es policiais no local estavam "justificadas".
JERUSAL�M