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Estado de Minas ZAPORIZHZHIA

F�brica de armaduras ucranianas troca produ��o por coletes � prova de bala


02/05/2022 10:54

Um fabricante ucraniano de velhas armaduras e espadas de metal, apaixonado por armas hist�ricas, trocou sua produ��o para o mundo moderno. Ap�s a invas�o russa, confecciona coletes � prova de balas para o ex�rcito de seu pa�s.

Na pequena e sombria oficina de Zaporizhzhia, o chefe do local, Vadim Mirnichenko, cabe�a raspada e figura volumosa, � apaixonado pelo combate medieval. � uma disciplina elevada � categoria de esporte na Ucr�nia, que foi sede do campeonato mundial em 2019.

Mais de 1.000 participantes, do Reino Unido, Fran�a, Alemanha e Austr�lia, entre outros, disputaram os combates, a cavalo ou a p�, a cerca de 100 quil�metros de Kiev.

"� um esporte brutal", diz Vadim Mirnichenko, 39 anos, contando que sofreu concuss�es e fraturas nas costelas em 20 anos de torneios. Mas "como todo homem, quero ter uma espada na m�o e lutar como um cavaleiro".

Essa paix�o lhe permitiu ganhar a vida. At� 16 pessoas trabalharam na oficina, com ramifica��es internacionais, at� que a pandemia de covid-19 o obrigou a ter que se separar de uma dezena de funcion�rios.

Durante a visita da AFP a sua oficina no domingo, no sul da Ucr�nia, uma caixa de escudos de metal aguardava para ser enviada � China.

A prioridade, no entanto, mudou quando a R�ssia invadiu seu pa�s dois meses atr�s. As primeiras casas foram bombardeadas em Zaporizhzhia, localizada a menos de uma hora das primeiras linhas de frente.

"Um dia, um amigo e eu decidimos testar o nosso trabalho, nossas espadas e armaduras. Ent�o, fomos a um campo de tiros e percebemos que o metal poderia parar as muni��es", relata o dono da oficina.

Ele conta que foi rejeitado pelo ex�rcito para o combate, "apesar de seu treinamento t�tico e seus conhecimentos". Ent�o, decidiu usar sua experi�ncia e metalurgia para fabricar placas � prova de balas, fundidas em dois pequenos fornos e destinadas aos coletes das for�as de seguran�a ucranianas.

As doze primeiras, financiadas gra�as a doa��es de seus clientes estrangeiros, foram entregues a amigos no ex�rcito, � pol�cia e � defesa territorial. Cerca de trinta placas foram vendidas por 150 d�lares cada (142 euros), seu pre�o de custo.

Um conhecido, "que usava nossas placas", foi atingido pelo fogo russo, mas gra�as a elas "est� vivo", embora talvez com uma costela quebrada, diz Andri� Paliy, um amigo e funcion�rio de Vadim Mirnichenko.

"Estou muito orgulhoso por fazermos nossa parte para ajudar nosso pa�s", diz o homem, com um bigode comprido e um rabo de cavalo enorme.

A pequena empresa, que n�o tem nome, poderia produzir cerca de 30 coletes extras, afirma seu chefe.


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