"Vou dirigir muito, muito r�pido. Tenho medo. Bombardeiam tanto, contra n�s inclusive, vindos de toda parte", alerta o jovem antes de entrar em uma estrada que passa no meio de uma floresta, acompanhado por policiais.
A opera��o, que consiste em distribuir 150 kg de p�es para ajudar os �ltimos civis a suportar o cerco, e depois retornar com aqueles que desejam sair, n�o est� acordada com as tropas inimigas.
Na cidade fantasma, o micro-�nibus, �nico ve�culo vis�vel na redondeza, circula em meio aos zumbidos que anunciam as explos�es, v�rias vezes por minuto.
"Abaixem a cabe�a!", grita um policial aos passageiros. Um proj�til, lan�ado na rodovia, arremessa estilha�os contra o ve�culo, destruindo uma das janelas supostamente blindadas.
"Chegamos em dois minutos" anuncia a uma fam�lia Igor Ugnevenko, chefe da pol�cia local que participa cada vez com menos entusiasmo dessas ajudas humanit�rias, considerando que "os que ficam est�o simplesmente loucos".
No domingo, os bombardeios incessantes mataram sete pessoas e feriram outras quatro em uma rua, afirmou o prefeito.
O drama terminou por convencer alguns locais a irem. "Metade da cidade est� destru�da", disse um de seus habitantes, enquanto abastecia seu Lada (carro) vermelho. "J� n�o tenho casa", explica.
O micro-�nibus de Nikola� vai desta vez com 12 civis: duas jovens mulheres, uma fam�lia, e outras pessoas adultas.
- Capturados -
Em Lyman, 22 das 40 cidades pr�ximas foram "capturadas" em uma semana pelas tropas russas, segundo o prefeito Oleksandre Juravlev.
A cidade oper�ria, que contava com 20 mil habitantes antes da guerra, � a �ltima a ser tomada pelo ex�rcito russo antes de chegar a Sloviansk, uma das principais aglomera��es da regi�o, considerada vital no plano de invas�o de Moscou.
De Lyman, os tanques russos tem cerca de 20km para chegar a Sloviansk, e devem atravessar um rio.
A ponte ferrovi�ria que passa por cima do rio Donets foi destru�da na sexta-feira, em circunst�ncias ainda n�o esclarecidas, e n�o havia sido atingida por um "foguete russo", segundo os militares ucranianos locais, entrevistados pela AFP.
A estrutura met�lica est� partida em dois e dois vag�es de carga ca�ram e afundaram nas �guas cinzentas do Donets.
A 200 metros em paralelo, uma outra ponte segue sendo usada, mas est� carregada de explosivos. Uma unidade espera, pr�xima, dentro da floresta, para receber a ordem e detonar a carga explosiva.
Os russos "podem chegar em uma hora, ou amanh�, enviaremos nossos soldados e detonaremos" a ponte, disse um dos militares ucranianos, cujo nome � conhecido por "engenheiro" � AFP.
"� sempre dif�cil destruir uma de nossas infraestruturas, mas entre salvar uma ponte e proteger uma cidade, n�o podemos duvidar", afirma o militar.
Ao destruir a via, as tropas ucranianas esperam ganhar "duas semanas" antes que os russos tomem Sloviansk, obrigando-os a realizarem um grande desvio.
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LYMAN
Volunt�rios entregam p�o aos sitiados em meio aos bombardeios na Ucr�nia
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