Cristina Kirchner quer reconquistar confian�a dos argentinos no governo

A vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, disse que "h� debates, e n�o brigas", dentro do governismo, mas reconheceu que a preocupa que o governo de Alberto Fern�ndez perca "a confian�a e esperan�a" de seus eleitores de 2019.

"Como fazemos para devolver �s pessoas a esperan�a e os anseios? Esta � a minha maior preocupa��o e, tamb�m, meu maior sentimento de amargura, pela confian�a que depositaram em n�s. Acredito que n�o estamos honrando tanta confian�a e esperan�a que depositaram em n�s", comentou.

Cristina, que governou o pa�s entre 2007 e 2015, foi declarada Doutora Honoris Causa da Universidade Nacional do Chaco Austral, em um ato que se tornou um grande com�cio transmitido por todos os canais de not�cias devido ao interesse gerado por sua apari��o p�blica em uma semana de tens�o e troca de acusa��es dentro da coaliz�o de governo Frente de Todos (peronismo de centro-esquerda).

Apesar da recupera��o econ�mica de 10,3% em 2021, ap�s cair 9,9% no ano anterior, a pobreza atinge 37,2% dos argentinos.

Em sua confer�ncia, a vice-presidente negou que as diferen�as expressas publicamente entre os l�deres alinhados a ela e aqueles que respondem ao presidente Fern�ndez sejam brigas: "No Executivo, h� um debate de ideias."

Cristina lamentou as consequ�ncias de a Argentina ter contra�do uma d�vida de cerca de 45 bilh�es de d�lares com o Fundo Monet�rio Internacional em 2018, durante o governo do liberal Mauricio Macri, refinanciada recentemente. "O Fundo exige uma desvaloriza��o permanente acima do �ndice de pre�os ao consumidor e taxa de juros acima disso. Isso n�o resultar� em crescimento, nem em queda da infla��o", afirmou.

Em uma "economia bimonet�ria", como a argentina, "a escassez de d�lares � a verdadeira causa do aumento dos pre�os", afirmou, descartando que a infla��o possa ser atribu�da atualmente � emiss�o monet�ria ou ao aumento dos sal�rios.