"Agir sem descanso com um objetivo: ser uma na��o mais independente, viver melhor e construir nossas respostas francesas e europeias aos desafios do nosso s�culo", disse Macron durante uma cerim�nia no Pal�cio do Eliseu.
Sua posse ocorre a pouco mais de um m�s das elei��es legislativas, nas quais ele buscar� renovar sua maioria parlamentar, embora grande parte dos franceses, segundo pesquisas divulgadas ap�s a sua reelei��o, desejem que ele a perca.
Ao contr�rio de 2017, sua alian�a de centro-direita enfrentar� uma frente de esquerda, que busca impedir Macron de realizar reformas controversas, como aumentar a idade de aposentadoria de 62 para 65 anos, al�m de uma extrema direita forte.
"A elei��o presidencial n�o resolveu nada. Macron � um presidente sem mandato", estimou neste s�bado o esquerdista Jean-Luc M�lenchon, l�der da alian�a, que obteve quase 22% dos votos no primeiro turno das elei��es.
O presidente do Conselho Constitucional, Laurent Fabius, proclamou a vit�ria de Macron no segundo turno em 24 de abril, contra a candidata da extrema direita Marine Le Pen, com 58,55% dos votos. Em seguida, Macron foi presenteado com o colar de Gr�o-Mestre da Legi�o de Honra.
"Estou ciente da gravidade dos tempos", disse no in�cio do seu discurso, com particular refer�ncia � guerra na Ucr�nia, diante de cerca de 450 personalidades convidadas, insistindo na necessidade de "agir incansavelmente".
Estiveram presentes seus antecessores Nicolas Sarkozy e Fran�ois Hollande, sua fam�lia, incluindo sua esposa Brigitte, seus amigos, membros do governo, seu primeiro-ministro Jean Castex � frente, bem como os l�deres das duas c�maras do Parlamento, acad�micos, sindicalistas e religiosos.
- Novo m�todo" -
O chefe de Estado prometeu presidir com "um novo m�todo", "planejando, reformando, associando" os franceses, legando � juventude "um planeta mais habit�vel e uma Fran�a mais viva e mais forte".
Ele cumprimentou os convidados, incluindo profissionais da sa�de, autoridades locais, dirigentes de associa��es, atletas, incorporando as prioridades declaradas do novo mandato de cinco anos.
Macron foi ent�o ao p�tio para passar em revista as tropas ao som da Marselhesa, mas tamb�m da pe�a "Terre et mer" de Bagad de Lann-Bihou�, j� tocada nos �ltimos anos em homenagem aos soldados mortos na opera��o no Sahel. De acordo com uma tradi��o que remonta ao Antigo Regime, 21 tiros de canh�o foram disparados da Esplanada dos Inv�lidos.
No entanto, o novo mandato de cinco anos s� come�ar� oficialmente em 14 de maio. A nomea��o do novo primeiro-ministro dever� ocorrer apenas depois, enquanto as elei��es legislativas se aproximam um m�s depois.
A Nova Uni�o Popular Ecol�gica e Social, que re�ne a esquerda radical, ambientalistas, comunistas e socialistas, lan�ou neste s�bado sua campanha para conseguir a maioria dos deputados e impor M�lenchon, 70, como primeiro-ministro.
Essa frente unida gerou tens�o dentro do outrora governante Partido Socialista, alguns de cujos membros disputar as elei��es contra candidatos da alian�a. "Esses ser�o candidatos 'macronistas', porque servir�o apenas a Macron", alertou M�lenchon, l�der da Fran�a Insubmissa (LFI).
A fim de atrair os socialistas desiludidos com essa uni�o e reequilibrar sua alian�a de centro-direita, o Rep�blica em Marcha (LREM) do presidente anunciou uma mudan�a de nome para Renascimento.
� direita de Macron, o partido Os Republicanos, que teve menos de 5% dos votos na elei��o presidencial, e o Reconquista!, do ultradireitista �ric Zemmour, tamb�m entraram na campanha neste s�bado, � espera de que Marine Le Pen o fa�a na pr�xima semana.
As aparentes dificuldades de Macron em encontrar a personalidade ideal para liderar o governo alimenta especula��es. A ex-chefe de gabinete do primeiro-ministro socialista Manuel Valls, V�ronique B�dague, atual diretora-gerente do grupo imobili�rio Nexity, teria recusado a oferta, assim como a deputada socialista Val�rie Rabault, que indicou ter sido abordada e recusada por n�o concordar com o plano de aposentadoria de 65 anos. O Eliseu garante, por sua vez, que "o presidente n�o ofereceu o cargo de primeiro-ministro a ningu�m".
Neste domingo, Emmanuel Macron participar� das cerim�nias que marcam o anivers�rio da vit�ria dos Aliados sobre a Alemanha nazista em 8 de maio de 1945. Ele deve fazer um discurso no Parlamento Europeu, em Estrasburgo, na segunda-feira, antes de viajar a Berlim para se encontrar com o chanceler alem�o, Olaf Scholz, sua primeira viagem ao exterior desde a reelei��o.
NEXITY
PARIS