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Estado de Minas SANTIAGO

Em volta �s aulas no Chile, c�es ajudam a aliviar estresse


11/05/2022 12:23

"Me sinto feliz e relaxada", diz Teresita, enquanto acaricia Pepe, um cachorro que vai ao campus onde ela estuda para ajudar a aliviar o estresse dos alunos na volta �s aulas ap�s a pandemia da covid-19. No Chile, este retorno tem sido marcado pela ansiedade e pela viol�ncia.

"Uva", um labrador f�mea de sete anos, "Pepe", um golden da mesma idade, e "Chumi", uma vira-lata, deixam-se acariciar por todos que passam pela "Zona livre de estresse e ansiedade", instalada num dos campi da Universidade Cat�lica (UC).

"Eu poderia passar horas abra�ando o cachorro", acrescenta Teresita Valencia, de 23 anos, ajoelhada ao lado de Pepe.

"O retorno tem sido dif�cil para todos. Temos uma gera��o que est� come�ando a descobrir o que � ir para a universidade, e isso traz certos momentos de ansiedade", explica Ignacia Pfingsthorn, do Programa de Ansiedade, Estresse e Sono da UC.

Al�m disso, houve casos de viol�ncia entre alunos do ensino m�dio, professores e at� pais, em meio ao clima tenso que a sociedade chilena n�o conseguiu superar ap�s os protestos de outubro de 2019.

Em 7 de abril deste ano, um aluno do ensino m�dio em Santa Cruz cometeu suic�dio no p�tio da escola, ap�s denunciar bullying. Uma semana antes, um professor foi esfaqueado pela m�e de um estudante, ap�s um ato de viol�ncia no campus.

No primeiro m�s de retorno �s aulas, os casos de abuso f�sico e emocional entre os alunos aumentaram 22% em rela��o aos n�veis pr�-pandemia, segundo a Superintend�ncia de Educa��o.

"H� um estado psicol�gico bastante desequilibrado no pa�s", alerta Isidora Mena, psic�loga e diretora do Programa de Conviv�ncia Escolar da Universidade Cat�lica.

Uva, Pepe e Chumi fazem parte dos dez c�es da Fundaci�n Tregua, que desempenham fun��es semelhantes em hospitais pedi�tricos, funda��es para crian�as com defici�ncia e casas de repouso.

"Os c�es gostam desse trabalho. Eles s�o criados para gostar muito do contato com pessoas", explica a diretora da Tregua, Camila Arteaga.

Nas primeiras semanas de aulas, "detectamos que havia muitos problemas de conviv�ncia escolar nos estabelecimentos", disse o ministro da Educa��o, Marco Antonio �vila, � AFP.

�s consequ�ncias da pandemia, somou-se a tens�o herdada dos protestos de 2019 no Chile. Em Santiago, alunos de uma dezena de escolas entraram em confronto com a pol�cia, em protestos para exigir melhorias na infraestrutura e no fornecimento de professores.

Pouca toler�ncia, frustra��o, ataques de p�nico e r�pida escalada de conflitos foi o quadro que Pedro Mart�nez, professor de matem�tica de 32 anos de uma escola em Santiago, observou.

"� uma gera��o que n�o sabe resolver conflitos. Analfabetos socioemocionais", descreve, reclamando do pouco tempo para mediar e acompanhar os alunos.

O governo prepara um plano de interven��o em cerca de 60 bairros com situa��es agudas de viol�ncia escolar.


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