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Estado de Minas PARIS

EHT, um telesc�pio para observar como um buraco negro suga a mat�ria


12/05/2022 14:03

O projeto de colabora��o internacional EHT (Event Horizon Telescope) � um sistema que criou um telesc�pio virtual do tamanho da Terra e que permitiu detectar, em 2019, o primeiro buraco negro supermassivo, na gal�xia M87, e agora, o que est� no centro da Via L�ctea, Sagittarius A*.

Lan�ada em 2015, esta colabora��o internacional de 80 institutos de astronomia estabeleceu um enorme desafio. Observar um buraco negro �, por defini��o, imposs�vel, pois nenhuma luz pode escapar dele.

O EHT contornou o obst�culo, ao detectar a nuvem de plasma muito quente que gira em torno do buraco negro antes de superar o Horizonte de Eventos, ou seja, o lugar de onde nada pode voltar a sair, nem mesmo a luz, por causa da grande for�a da gravidade.

"Vemos a silhueta do buraco negro sobre um fundo brilhante de g�s e poeira", explica � AFP o diretor do Instituto de Radioastronomia Milim�trica (IRAM) e cientista franc�s do Centro Nacional de Pesquisa Cient�fica (CNRS), Fr�d�ric Geth.

Fundado em 2015 pelo CNRS e pelo Instituto Max Planck, da Alemanha, o IRAM � um ator-chave do EHT, instrumento que obteve a imagem do M87* em 2019 e, agora, a do Sagittarius A* (Sgr A*).

Para registrar esses feitos, os astr�nomos tiveram, contudo, de superar v�rios obst�culos.

- Trabalho em equipe -

A nuvem de mat�ria que envolve os buracos negros � vis�vel apenas em uma faixa espec�fica de ondas de r�dio milim�tricas. Para que estas ondas sejam captadas, � necess�rio um radiotelesc�pio, uma antena em forma de disco semelhante � utilizada para a televis�o por sat�lite, s� que muito maior. A nitidez do instrumento depende muito diretamente do tamanho, devido �s gigantescas dist�ncias e a outros obst�culos.

M87* est� a 55 milh�es de anos-luz da Terra, e Sgr A*, a 27 milh�es. Este �ltimo � muito menor e, observado da Terra, est� oculto atr�s de gigantescas nuvens de g�s e poeira interestelar.

Nenhum radiotelesc�pio existente teria uma resolu��o suficiente para distinguir suas silhuetas.

Os cientistas recorreram, ent�o, ao principio da interferometria, em que uma rede de antenas localizadas em diferentes partes do planeta observam um mesmo setor do universo no mesmo instante.

Supercomputadoras combinam os dados obtidos pelos diferentes radiotelesc�pios, o que permite obter uma imagem como se tivesse sido alcan�ada por uma �nica antena do tamanho da Terra.

O experimento EHT levou o exerc�cio ainda mais longe, tamb�m por meio da interferometria, mas com uma base ainda maior (VLBI), ou seja: formou-se uma rede de oito observat�rios radioastron�micos que se estende do Hava�, no Pac�fico, at� a Espanha (onde existe uma antena IRAM), passando pelos Estados Unidos; e da Groenl�ndia ao Polo Sul, passando pelo M�xico e pelo Chile.

� um desafio, porque � preciso fazer um bom tempo no mesmo momento, em todos os lugares da rede, para conseguir esta sincroniza��o ao microssegundo. Cada ponto tem um rel�gio at�mico.

"Quando fazemos isso em escala mundial, ficamos com uma antena imensa que tem um di�metro de quase 10.000 km", acrescenta Fr�d�ric Geth.


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