Dezenas de fi�is procedentes de diferentes pa�ses s�o esperados na cerim�nia, a primeira em tr�s anos. Nela, tamb�m receber�o a honra dos altares o franc�s Charles de Foucauld (1858-1916); o jornalista holand�s Titus Brandsma, executado no campo de exterm�nio nazista de Dachau, em 1942; e L�zaro, um m�rtir indiano do s�culo XVIII.
Esta � uma das maiores canoniza��es da hist�ria, que contar� com a presen�a, entre outros, do primeiro-ministro em final de mandato da Fran�a, Jean Castex, de delega��es da Am�rica Latina e da �frica, assim como de parentes e de representantes de ordens religiosas.
"Embora o Uruguai n�o tenha a pr�tica religiosa que temos em outros lugares, sente-se tocado diante de testemunhos como este", declarou ao site Vatican News o bispo uruguaio Carlos Collazzi, ex-presidente da Confer�ncia Episcopal do Uruguai, que ir� � cerim�nia com uma delega��o de religiosos de seu pa�s.
Nascida em 14 de fevereiro de 1844 na localidade de Carmagnola, no norte da It�lia, Rubatto viveu e desempenhou seu trabalho pastoral no Uruguai, onde faleceu em 6 de agosto de 1904. Freira das Irm�s Capuchinhas desde 1884, dedicou-se aos doentes, especialmente �s crian�as, aos jovens e idosos abandonados.
Em 1892, com quatro religiosas da congrega��o, partiu para a Am�rica Latina para realizar seu apostolado no Uruguai, na Argentina e no Brasil, onde fundou as Irm�s Capuchinhas da Madre Rubatto.
Foi proclamada beata pelo papa Jo�o Paulo II em 10 de outubro de 1993 e, em 2020, a Igreja reconheceu sua interven��o em um segundo milagre. Com isso, conforme estabelecido pelas normas do Vaticano, pode se tornar santa.
O milagre foi a cura inexplic�vel de uma jovem uruguaia, em 2000, ap�s sofrer um acidente de moto que lhe causou traumatismo craniano e deixou-a em coma.
- Foucauld: modelo de fraternidade -
A vida do eremita franc�s Charles de Foucauld, assassinado em 1916 no deserto da Arg�lia, � considerada um exemplo para todos os cat�licos, segundo o pr�prio papa Francisco, que elogiou sua "capacidade de se sentir irm�o de todos".
"Criado na f� crist�, um jovem agn�stico, um oficial de Cavalaria consumido por suas paix�es, um explorador, depois de conhecer o Deus da Miseric�rdia, foi trapista e, finalmente, um ermit�o entregue a tudo no deserto do Saara. A personalidade e o itiner�rio deste testemunho do Evangelho s�o ricos e n�o isentos de asperezas", resume o papa em um artigo no Vatican News.
Proclamado beato em 2005 por Bento XVI, ser� canonizado depois de ter interferido, de acordo com o Vaticano, em um segundo milagre: a recupera��o de um jovem carpinteiro ap�s uma grave queda.
"Para a Igreja da Arg�lia � extremamente importante, porque passou boa parte de sua vida incr�vel l�", disse � AFP o arcebispo de Argel, monsenhor Jean-Paul Vesco, que estar� na cerim�nia.
Entre os dez novos santos, tamb�m est�o o franc�s C�sar de Bus (1544-1607), fundador da congrega��o dos Padres da Doutrina Crist�, que trabalhou pelo renascimento do cristianismo em uma �poca conturbada pelos prim�rdios da Reforma Protestante; e a irm� Marie Rivier (1768-1838), uma professora que fundou a congrega��o da Apresenta��o de Maria.
A canoniza��o do intelectual e jornalista holand�s Titus Brandsma (1881-1942), conhecido por sua oposi��o � propaganda nazista durante a Segunda Guerra Mundial, foi recebida com entusiasmo pela imprensa cat�lica. Um grupo de jornalistas assinou uma carta aberta esta semana, na qual pediram ao papa que Brandsma seja designado santo padroeiro desta categoria profissional.
O primeiro laico indiano a ser santo ser� o m�rtir de L�zaro, Devasahayam Pillai (1712-1752), um hindu convertido ao cristianismo. Preso, torturado por tr�s anos e depois executado, recusou-se a renegar sua f�.
Completam a listas de futuros santos os padres italianos Luigi Maria Palazzolo (1827-1886) e Giustino Maria Russolillo (1891-1955) e as freiras italianas Maria Domenica Mantovani (1862-1934) e Maria di Ges� Santocanale (1852-1923).
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