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Estado de Minas CIDADE DO VATICANO

Papa viajar� ao Canad� em julho para pedir desculpas por abusos em internatos cat�licos


13/05/2022 21:07

O papa Francisco visitar� o Canad� de 24 a 30 de julho, em uma viagem durante a qual pedir� desculpas publicamente pela viol�ncia exercida durante d�cadas contra as popula��es aut�ctones em internatos cat�licos.

"Acolhendo o convite das autoridades civis e eclesi�sticas, assim como das comunidades e povos ind�genas, o Santo Padre Francisco far� uma viagem apost�lica ao Canad� de 24 a 30 de julho para visitar as cidades de Edmonton, Quebec e Iqaluit", anunciou, nesta sexta-feira (13), a secretaria de imprensa do Vaticano.

"Pe�o perd�o a Deus" e "me uno aos meus irm�os bispos canadenses para pedir desculpas", declarou o pont�fice de 85 anos em abril, durante uma audi�ncia no Vaticano diante de delega��es m�tis, inu�tes e das primeiras na��es do Canad�.

Pelas vozes dos ind�genas, "recebi, com grande tristeza no cora��o, os relatos de sofrimentos, priva��es, tratamentos discriminat�rios e diversas formas de abusos sofridos por v�rios de voc�s, especialmente nos internatos", declarou o pont�fice.

"Gostaria de estar com voc�s este ano para a celebra��o de Santa Ana em 26 de julho", antecipou na ocasi�o.

- 'Passo importante' -

"A visita de Sua Santidade n�o seria poss�vel sem a coragem e a determina��o dos sobreviventes, dos l�deres ind�genas e dos jovens que compartilharam suas hist�rias", reagiu nesta sexta o primeiro-ministro canadense Justin Trudeau.

"Embora Sua Santidade tenha se desculpado em Roma no m�s passado, uma desculpa formal em pessoa no Canad� da Igreja Cat�lica aos sobreviventes e a suas fam�lias responde ao chamado da Comiss�o da Verdade e Reconcilia��o. � um passo importante, e necess�rio [...] para promover uma reconcilia��o verdadeira", acrescentou.

A descoberta de centenas de t�mulos de crian�as sem identifica��o nos �ltimos meses abalou o Canad� e muitos sobreviventes esperam um gesto contundente do papa.

Entre o fim do s�culo XIX e a d�cada de 1980, quase 150.000 crian�as ind�genas, mesti�as e esquim�s foram recrutadas � for�a em 139 internatos no Canad�. Os menores foram afastados de suas fam�lias, de sua l�ngua e de sua cultura.

Milhares de crian�as morreram, a maioria de desnutri��o, doen�as, ou neglig�ncia, no que a Comiss�o da Verdade e Reconcilia��o chamou, em um relat�rio publicado em 2015, de "genoc�dio cultural". Outros sofreram abusos f�sicos, ou sexuais.

No �ltimo ano foram encontradas mais de 1.300 sepulturas sem identifica��o nos antigos internatos, e as buscas prosseguem em todo pa�s.

- Julho, m�s crucial para o pont�fice -

Apesar dos problemas de sa�de provocados pelas fortes dores no joelho, que o impedem de caminhar em v�rias ocasi�es e o obrigaram a adiar uma visita ao L�bano, prevista para junho segundo as autoridades locais, o pont�fice confirmou oficialmente a viagem ao Canad�.

O pont�fice visitar� Edmonton, capital da prov�ncia de Alberta, a segunda maior cidade do Canad� em n�mero de pessoas de origem aut�ctone que vivem em centros urbanos.

O arcebispo de Edmonton, Richard Smith, coordenador da viagem papal no Canad�, assegurou que Francisco visitar� a sede de um antigo internato "e outros locais importantes".

O Vaticano informou que ele tamb�m visitar� Iqaluit, no extremo norte do pa�s, perto do Oceano �rtico, que tem o maior n�mero de inu�tes do Canad�.

Francisco foi convidado pessoalmente pelos delegados inu�tes a visitar sua regi�o durante os encontros que teve com os representantes em mar�o e abril no Vaticano.

O programa do papa inclui tamb�m a cidade de Quebec, de maioria franc�fona, onde a Igreja Cat�lica historicamente ocupa um espa�o preponderante e foi uma autoridade chave at� o in�cio da d�cada de 1960.

"Visitar esses lugares oferecem ao Santo Padre a oportunidade de ter reuni�es individuais e p�blicas", explicou o monsenhor Raymond Poisson, presidente da Confer�ncia Episcopal do Canad�.

O pont�fice argentino tamb�m tem programada para julho uma viagem internacional para visitar a Rep�blica Democr�tica do Congo e o Sud�o do Sul.

Trata-se de uma viagem delicada, para pa�ses envolvidos em guerras civis que j� provocaram muitas v�timas e deslocados, al�m de um desafio para os organizadores tanto em termos de seguran�a como de sa�de.


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