Datada de 10 de maio e promovida pelos membros da C�mara de Representantes (deputados) Ra�l Grijalva e Jes�s "Chuy" Garc�a, a missiva afirma que as medidas punitivas contra a Venezuela, aplicadas pela gest�o do republicano Donald Trump, serviram apenas para "exacerbar" a crise humanit�ria nesta outrora pot�ncia petrol�fera.
O texto tamb�m pede a Biden que continue o "compromisso construtivo" da Casa Branca com a Venezuela, depois que uma viagem de autoridades de alto escal�o de Washington a Caracas, em mar�o, permitiu a liberta��o de dois americanos detidos h� anos no pa�s sul-americano, assim como pela aparente disposi��o de Maduro para reiniciar o di�logo com a oposi��o. Estas conversas est�o suspensas desde outubro de 2021.
"Est� claro que as san��es amplas n�o atingiram seus objetivos", constataram os congressistas.
"� luz disso, e dos terr�veis custos humanos incorridos, pedimos que voc� suspenda todas as san��es financeiras e setoriais dos Estados Unidos que exacerbam a situa��o humanit�ria, embora sem obstaculizar, nem atrasar, a a��o urgente necess�ria para que economia americana abandone os combust�veis f�sseis", acrescentaram.
Alexandria Ocasio-Cortez, Ilhan Omar, Pramila Jayapal e Rashida Tlaib, conhecidas por suas posi��es de esquerda, est�o entre os signat�rios da carta.
Rubio insta Biden a "se comprometer a que n�o haver� mudan�as na pol�tica dos Estados Unidos enquanto Maduro continuar bloqueando elei��es livres e justas", segundo carta de 12 de maio divulgada nesta sexta.
Estados Unidos e Venezuela romperam rela��es diplom�ticas no come�o de 2019, ap�s a reelei��o de Maduro em elei��es contestadas.
Washington reconheceu, ent�o, como presidente interino o chefe do Legislativo, o opositor Juan Guaid�, e imp�s uma bateria de san��es para for�ar a sa�da de Maduro, incluindo um embargo de facto ao petr�leo venezuelano vigente desde abril de 2019.
Rubio, um dos arquitetos da pol�tica de press�o m�xima de Trump contra Maduro, tamb�m pede a Biden para "reafirmar publicamente" o reconhecimento a Guaid�. E condena por considerar "bobas" os di�logos da delega��o americana em Caracas, liderada pelo assessor para as Am�ricas no Conselho de Seguran�a Nacional de Biden, Juan Gonz�lez.
A viagem da delega��o americana � Venezuela aconteceu depois de Biden ter proibido as importa��es de petr�leo russo pela invas�o da Ucr�nia. Nesse contexto, a Casa Branca disse que "seguran�a energ�tica" faz parte das discuss�es em Caracas.
Isso alimentou especula��es de que os Estados Unidos poderiam retomar a compra de petr�leo bruto venezuelano, algo depois descartado pela Casa Branca.
Estados Unidos e Venezuela romperam rela��es diplom�ticas no in�cio de 2019, depois que Maduro, no poder desde 2013, assumiu um segundo mandato ap�s elei��es consideradas fraudulentas pela oposi��o e por cerca de 50 pa�ses.
Washington ent�o imp�s uma bateria de san��es para for�ar a sa�da de Maduro, incluindo um embargo "de facto" ao petr�leo venezuelano, em vigor desde abril de 2019.
Em mar�o deste ano, senadores influentes, como o democrata Bob Menendez e o republicano Marco Rubio, criticaram a aproxima��o de Biden com Caracas e se opuseram, firmemente, a recorrer ao "ditador" Maduro por petr�leo.
Al�m de ser investigado por crimes de lesa-humanidade, Maduro foi acusado de "narcoterrorismo" pela Justi�a nos EUA, em mar�o de 2020. As autoridades americanas oferecem uma recompensa de US$ 15 milh�es por ele.
Em agosto de 2021, Grijalva, Garc�a e 17 outros correligion�rios da C�mara de Representantes j� haviam escrito uma carta para o secret�rio de Estado, Antony Blinken, defendendo um di�logo com o governo de Maduro e o al�vio de san��es "contraproducentes e prejudiciais".
WASHINGTON