"� poss�vel que haja vapor d'�gua ao redor do K2-18 b, mas, no momento, n�o estamos seguros", declarou o astrof�sico Bruno B�zard, do Observat�rio de Paris-PSL.
Os c�lculos realizados com os dados da �poca concluem que foi detectado metano, e n�o �gua, segundo o estudo publicado na �ltima quinta-feira (12), na Nature Astronomy. Apesar disso, o cientista quer acreditar que "n�o h� somente metano, mas tamb�m vapor d'�gua" na atmosfera do planeta, situado na constela��o de Le�o, a 110 anos-luz do sistema solar.
O an�ncio de 2019 sacudiu o mundo da astronomia, por se tratar do primeiro - e at� agora �nico - exoplaneta situado na chamada "zona habit�vel". Isso significa que, como a Terra, n�o est� nem muito perto, nem muito longe, de sua estrela para que exista �gua em estado l�quido e a vida seja poss�vel.
Com uma massa oito vezes superior � da Terra, o K2-18 b � descrito como uma "super-Terra", ou um "mini-Netuno".
O estudo de 2019 utilizou observa��es do telesc�pio espacial Hubble para analisar a luz filtrada atrav�s da atmosfera do planeta. Os resultados revelaram a assinatura molecular do vapor d'�gua, afirmaram seus autores � �poca.
A equipe de cientistas do Observat�rios de Paris e do Instituto Max Planck alem�o retomou agora esses dados. Embora n�o discutam a possibilidade de se detectar a presen�a de �gua, afirmam que os sinais registrados "poderiam ser, perfeitamente, de metano", segundo Bezard.
Questionam, em particular, o fato de que o estudo de 2019 tenha descartado qualquer cen�rio, no qual a atmosfera contivesse metano, um g�s composto por carbono e hidrog�nio.
"N�o est� claro por que favoreceram os modelos em que n�o h� metano", observou o cientista.
Lan�ado h� poucos meses e muito mais potente do que o Hubble, o telesc�pio espacial James Webb (JWST, na sigla em ingl�s) poder� ajudar a esclarecer a quest�o. Segundo B�zard, j� est� previsto um tempo de observa��o da atmosfera do K2-18 b.
"Com isso, poderemos determinar se h�, efetivamente, vapor d'�gua e em que propor��o", completou.
PARIS