"Decretamos um cessar-fogo unilateral, a partir da 00h de 25 de maio at� as 24h (sic) de 3 de junho, para que quem quiser votar fa�a isso com tranquilidade", disse a �ltima guerrilha reconhecida do pa�s, em um comunicado.
Seguindo sua tradi��o de n�o interferir em processos eleitorais, a organiza��o comandada por Antonio Garc�a assegurou que a decis�o responde ao seu interesse em gerar "um ambiente pol�tico melhor, antes de saber quem poder� ser o candidato vencedor" de uma campanha liderada nas urnas pelo ex-guerrilheiro Gustavo Petro.
A tr�gua "abrange as For�as Militares e de Pol�cia do Governo. Reservamo-nos o direito de nos defender, em caso de sermos atacados", acrescenta o boletim divulgado nos sites de propaganda rebelde.
Nesta segunda-feira o ministro da Defesa da Col�mbia, Diego Molano, esnobou o an�ncio do ELN, afirmando que o movimento pretende "se posicionar para futuros di�logos" com o pr�ximo governo.
"Aqui a seguran�a � da for�a p�blica", enfatizou Molano em um evento p�blico.
O presidente da Col�mbia, Iv�n Duque, que terminar� seu mandato de quatro anos em agosto, interrompeu em 2019 as negocia��es de paz que mantinha com o ELN, ap�s um ataque com explosivos a uma escola militar em Bogot�.
"Um Processo de Paz com o ELN � a melhor oportunidade de abordar assuntos priorit�rios para o pa�s como: corrup��o, assassinatos de dirigentes sociais e o narcotr�fico", afirmou a guerrilha.
- A paz em campanha -
Cientes de uma intensa e polarizada campanha, os colombianos eleger�o o sucessor de Duque, em meio � desaprova��o popular e sem op��o, por mandato constitucional, de buscar a reelei��o.
Todas as pesquisas d�o como vencedor o senador e ex-prefeito de Bogot� Gustavo Petro, esquerdista de 62 anos que combateu as for�as do governo ao lado do grupo M-19 antes de firmar a paz no in�cio dos anos noventa. Por�m, n�o tem o apoio necess�rio para evitar um segundo turno - programado para 19 de junho.
Seu rival mais prov�vel � o ex-prefeito de Medell�n, Federico Guti�rrez, aspirante atrav�s de uma coaliz�o de for�as de direita.
Petro � partid�rio de "reviver o di�logo com o ELN". Guti�rrez, por outro lado, planeja um combate frontal e, assim como o governo atual, condiciona qualquer aproxima��o de paz com o cessamento das a��es violentas por parte desse grupo, incluindo os ataques contra as for�as p�blicas.
O ELN surgiu em 1964, durante a Guerra Fria, no calor da Revolu��o Cubana, e opera financiando-se, principalmente, com recursos oriundos do narcotr�fico.
O grupo rebelde aceitou negociar com o governo de Santos, Pr�mio Nobel da Paz, de maneira paralela �s negocia��es que conduziram ao desarmamento, em 2017, das For�as Armadas Revolucion�rias da Col�mbia (FARC, marxista), at� ent�o a guerrilha mais poderosa do continente.
Ap�s o fim das conversas, retomou sua ofensiva nos �ltimos anos. O governo Duque tem denunciado que uma parte das tropas rebeldes refugiram para o lado venezuelano da fronteira com a cumplicidade do socialismo chavista.
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BOGOT�
ELN anuncia cessar-fogo de dez dias por elei��es presidenciais da Col�mbia
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