"Os �ltimos anos mostram que a exclus�o n�o deu resultados em mat�ria de direitos humanos em Venezuela, Nicar�gua e Cuba", disse a chanceler chilena, Antonia Urrejola, em entrevista ao jornal chileno La Tercera neste domingo (14).
Washington advertiu que o respeito � democracia � uma "condi��o" para participar da reuni�o. Os presidentes de M�xico e Bol�via j� anunciaram que sua presen�a est� condicionada a que n�o haja exclus�es.
De acordo com o Departamento de Estado americano, Cuba, Nicar�gua e Venezuela "n�o respeitam" a Carta Democr�tica Interamericana - o documento regional de defesa da institucionalidade vigente desde setembro de 2001 - "e, portanto", espera que n�o estejam presentes na pr�xima c�pula hemisf�rica que acontecer� de 6 a 10 de junho em Los Angeles.
"Todo o mundo sabe qual � a posi��o do presidente [do Chile, Gabriel Boric] a respeito da situa��o de direitos humanos nesses pa�ses e a minha tamb�m", disse Urrejola, em alus�o �s fortes condena��es � situa��o nesses pa�ses que foram feitas tanto por ela como pelo presidente.
"O que temos insistido nas conversas bilaterais e o que o presidente deseja � que, esperan�osamente, esta seja uma c�pula o mais ampla poss�vel", acrescentou Urrejola.
Os Estados Unidos argumentam que, desde a primeira c�pula hemisf�rica, realizada em 1994 em Miami a pedido do ex-presidente Bill Clinton, o fortalecimento da democracia tem sido um tema central, reafirmado quando, em 2001, se aprovou a cria��o da Carta Democr�tica Interamericana.
"Independentemente das diferen�as e, inclusive, das condena��es que possam existir em mat�ria de direitos humanos a respeito de alguns governos, acreditamos que a p�s-pandemia com crise econ�mica � o momento de tamb�m ter espa�os de di�logo para al�m das diferen�as", disse Urrejola, ap�s ser questionada se os tr�s pa�ses deveriam participar da c�pula.
"A regi�o est� superfragmentada; est� polarizada e, de alguma maneira, sob a lideran�a do presidente Biden, seria importante poder conversar para al�m das diferen�as", acrescentou a diplomata chilena.
SANTIAGO