
A regi�o italiana da Sic�lia vai restituir � Gr�cia de forma definitiva um fragmento de m�rmore do Partenon, antigo templo que coroa a Acr�pole de Atenas.
Trata-se de uma placa que retrata um dos p�s e as dobras do vestido de uma deusa, provavelmente �rtemis, e que j� estava emprestada para a Gr�cia desde janeiro deste ano.
Agora, no entanto, o governo da Sic�lia aprovou o "descomissionamento" da pe�a, ou seja, o procedimento t�cnico necess�rio para sua restitui��o definitiva a Atenas. Nas �ltimas semanas, a regi�o j� havia obtido o parecer positivo da Advocacia-Geral do Estado e do Minist�rio da Cultura.
"A restitui��o � Gr�cia do fragmento do Partenon que retrata os p�s de �rtemis � um passo fundamental de nossa pol�tica de diplomacia cultural e sanciona um princ�pio inequ�voco das rela��es entre Estados: os bens subtra�dos do patrim�nio de um pa�s devem ser restitu�dos", disse o ministro italiano da Cultura, Dario Franceschini.
O fragmento em quest�o fazia parte da cole��o do diplomata ingl�s Robert Fagan (1761-1816), que passou a maior parte de sua carreira em Roma e na Sic�lia. Esse acervo foi comprado pela Universidade de Palermo em 1820.
Em troca de seu empr�stimo no in�cio do ano, a Gr�cia enviou para a It�lia duas pe�as do Museu da Acr�pole: uma est�tua ac�fala de Atena e uma �nfora geom�trica, datadas do fim do s�culo 5 a.C. e da primeira metade do s�culo 8 a.C., respectivamente.
A aprova��o da cess�o definitiva, no entanto, pode dar novo impulso ao pleito de Atenas para reaver os m�rmores do Partenon tirados de seu territ�rio durante a domina��o otomana, incluindo 15 pain�is e 17 esculturas em exibi��o no Museu Brit�nico, em Londres.
Tanto o gabinete do premi� Boris Johnson quanto a institui��o londrina alegam que as pe�as foram adquiridas "legalmente" no in�cio do s�culo 19 pelo ent�o conde de Elgin, Thomas Bruce, que era embaixador no Imp�rio Otomano, ao qual a Gr�cia pertencia.
No entanto, em setembro passado, uma comiss�o intergovernamental da Organiza��o das Na��es Unidas para a Educa��o, a Ci�ncia e a Cultura (Unesco) instou o Reino Unido a "rever sua posi��o e abrir um di�logo de boa f�" com o governo grego. (ANSA)