"A m�fia o temia porque demonstrou que a organiza��o n�o era invenc�vel e que o Estado era capaz de derrot�-la com a for�a da lei", afirmou em uma cerim�nia oficial o presidente Mattarella, que teve o irm�o assassinado pela m�fia na Sic�lia.
"Gra�as � coragem, ao profissionalismo e � determina��o de Falcone, a It�lia agora � um pa�s mais livre e mais justo", escreveu Draghi em um comunicado.
"Falcone e seus colegas da unidade antim�fia de Palermo n�o apenas deram golpes decisivos na m�fia, como tamb�m conseguiram semear os valores da antim�fia na sociedade, nas novas gera��es, nas institui��es republicanas", acrescentou.
Em 23 de maio de 1992, �s 17H58, uma forte explos�o destruiu um trecho da estrada at� o aeroporto de Palermo.
A explos�o foi t�o potente que foi registrada pelo Instituto Nacional de Geof�sica, que monitora a atividade do vulc�o Etna.
O ataque matou o juiz antim�fia Giovanni Falcone, sua esposa e tr�s membros de sua escolta. Uma carga de 500 quilos de TNT e nitrato de am�nia foi colocada em uma tubula��o de �gua que passava por baixo da rodovia ligando o aeroporto ao centro da capital siciliana.
No quil�metro 4, perto do desvio em dire��o � localidade de Capaci, o ataque provocou uma cratera de um metro de profundidade, com uma pilha de escombros e peda�os de corpos.
A bomba pulverizou o carro que estava � frente e o lan�ou a centenas de metro. Os tr�s policiais a bordo morreram.
No outro autom�vel, um Fiat Croma branco blindado, o juiz Falcone, que dirigia, e sua esposa Francesca Morvillo, sofreram ferimentos fatais. O motorista do magistrado, Giuseppe Costanza, que estava sentado no banco traseiro, sobreviveu, assim como os tr�s agentes que viajavam no terceiro carro do comboio.
No local do atentado, agora existe o "Jardim da Mem�ria", com oliveiras que produzem azeite para ser usado nas igrejas sicilianas para as un��es de batismos e crismas.
- Her�i nacional -
A ministra do Interior, Luciana Lamorgese, depositou uma coroa de flores no local nesta segunda-feira.
A imprensa italiana recorda os momentos dram�ticos, assim como o atentado 57 dias depois contra outro juiz antim�fia, Paolo Borsellini, amigo de Falcone. Os dois prepararam o primeiro "maxi-processo" contra a organiza��o criminosa, que levou em 1987 � condena��o de centenas de mafiosos.
Os dois inspiraram uma nova gera��o de magistrados, que d�cada ap�s d�cada arriscam suas vidas para continuar a batalha iniciada por estes dois ju�zes emblem�ticos.
Para o 30� anivers�rio de sua morte, o Instituto Poligr�fico dello Stato criou uma nova moeda de dois euros, com as faces dos magistrados, que circular� em todos os pa�ses da Uni�o Europeia.
Confer�ncias, espet�culos, document�rios, manifesta��es, especiais de r�dio e televis�o est�o programados ao longo do dia em v�rias cidades da It�lia para recordar os assassinatos brutais.
"Um de n�s", afirma a manchete do jornal La Stampa, com uma fotografia de Falcone, considerado um her�i nacional.
Mais de mil folhas brancas ou pintadas por estudantes de todo o pa�s foram colocadas no Foro It�lico Umberto I de Palermo. Durante a tarde acontecer� uma apresenta��o diante da "�rvore de Falcone", localizada diante da resid�ncia da m�e do juiz, para recordar o hor�rio da explos�o.
PALERMO