Por outro lado, o texto - aprovado por 88 votos contra 12 e 53 absten��es - n�o prev� san��es concretas contra a R�ssia dentro da OMS.
J� uma resolu��o apresentada pela R�ssia, que Moscou defendeu por ser "mais neutra" que o texto ucraniano, foi rejeitada por 66 votos contra e 12 a favor.
De acordo com o censo mais recente da OMS, houve 256 ataques a servi�os de sa�de na Ucr�nia que deixaram 75 profissionais de sa�de mortos.
A resolu��o adotada sublinha que a agress�o "constitui uma situa��o excepcional, prejudicando seriamente a sa�de da popula��o ucraniana e tendo repercuss�es na sa�de na regi�o e al�m".
A embaixadora ucraniana em Genebra, Yevheniia Filipenko, insistiu na crise alimentar que amea�a o mundo por causa da guerra.
"Milh�es de toneladas de cereais est�o bloqueados para exporta��o, o que afetar� os mais pobres (...) enquanto n�o servem para nada" neste conflito, denunciou.
O embaixador franc�s, J�r�me Bonnafont, falando em nome da Uni�o Europeia, explicou que o texto "n�o vai al�m do mandato da OMS, permanecendo centrado nas quest�es de sa�de".
Embora o texto pe�a � R�ssia que cesse imediatamente todos os ataques a hospitais e outros estabelecimentos de sa�de, proteja o pessoal m�dico e respeite as Conven��es de Genebra e o direito internacional humanit�rio em geral, atualmente n�o prev� restringir o papel de Moscou na OMS.
Muitos pa�ses acreditam que os aliados da Ucr�nia aplicam dois pesos e duas medidas, negligenciando outras crises, e que a coopera��o em sa�de � uma �rea separada a ser preservada.
A maioria dos pa�ses africanos se absteve, exceto Ruanda e Chade, que votaram a favor.
Desde a invas�o de 24 de fevereiro, a Ucr�nia, auxiliada por seus aliados europeus e americanos mais pr�ximos, decidiu isolar diplomaticamente a R�ssia, particularmente nos f�runs da ONU.
Na Assembleia Mundial da Sa�de, a R�ssia apresentou sua pr�pria resolu��o, considerando o texto ucraniano "excessivamente politizado" e "antirusso".
O texto russo denuncia, entre outras coisas, "ataques dirigidos contra civis e equipamentos m�dicos" e outras viola��es do direito internacional humanit�rio.
Por�m, estes s�o crimes de que as for�as russas na Ucr�nia s�o acusadas, o que levou o embaixador do Reino Unido, Simon Manley, a denunciar uma resolu��o "baseada em uma realidade alternativa distorcida" e "uma tentativa c�nica de distrair e semear confus�o".
Uma acusa��o repetida pelo embaixador polon�s Zbigniew Czech - cujo pa�s viu cerca de 3,5 milh�es de refugiados ucranianos cruzarem a fronteira desde a invas�o - e que disse: "Sejamos honestos: o que estamos testemunhando � um genoc�dio".
O representante russo, Alexander Alimov, come�ou por "rejeitar todas as alega��es" feitas contra a R�ssia pela resolu��o ucraniana e acusou a Ucr�nia de agress�o na parte leste do pa�s contra as popula��es pr�-russas.
A Ucr�nia e seus aliados tentam "transformar a OMS em um f�rum onde as contas s�o acertadas e onde os debates pol�ticos s�o realizados", acusou Alimov.
Mais cedo, a R�ssia falou longamente sobre fornecer ajuda humanit�ria a regi�es separatistas pr�-russas no leste da Ucr�nia, cuidar de soldados ucranianos e acolher "1,5 milh�o de refugiados" que entraram na R�ssia desde ent�o.
GENEBRA